O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu ontem cortar a parte do salário dos servidores que que ultrapassa o teto constitucional que é de R$ 29,4 mil. A redução será aplicada no contracheque deste mês e vai atingir cerca de 800 servidores, dentre ativos e inativos. Calheiros resolver fazer o corte apesar de o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, ter autorizado o Senado, em sentença liminar, a continuar fazendo o pagamento. “Embora eu julgasse desnecessário, intimamos todos os servidores afetados, demos prazo para defesa, apreciamos os argumentos e estamos prontos para, desde já, efetuar a limitação dos salários ao teto”, afirmou o senador. A polêmica teve início depois que o Tribunal de Contas da União determinou que os salários pagos pelo Congresso Nacional respeitassem o teto constitucional. O Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis) recorreu ao Supremo e o ministro Marco Aurélio concedeu a liminar, até que o plenário decida sobre o mérito da questão.