A troca: Médici por Marighella

25/02/2014 08h08

O governo da Bahia encerrou as especulações sobre uma possível recusa da mudança de nome e publicou no Diário Oficial do Estado a nova denominação do antigo Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici. A instituição de ensino fundamental, médio e profissional passa a se chamar Colégio Estadual Carlos Marighella. A troca foi sacramentada em portaria do secretário da Educação, Osvaldo Barreto Filho, veiculada na sexta-feira. O general gaúcho Médici (1905-85) governou o Brasil de 1969 a 74, período maIs repressivo da ditadura instaurada em 64. Em seu governo, ao menos 29 agentes de segurança mataram o guerrilheiro baiano Marighella (1911-69), que estava desarmado ao ser surpreendido e fuzilado numa rua na capital paulista.. O pedido para a substituição do nome ocorreu em dezembro, quando houve uma eleição da qual participaram professores, funcionários, estudantes e pais de alunos. O nome de Marighella recebeu 406 votos, o equivalente a 69% dos sufrágios. O do geógrafo baiano Milton Santos (1926-2001), 128. Perseguido pela ditadura, o célebre cientista teve de passar cerca de uma década no exílio, inclusive durante a administração Médici. Não houve sugestão na escola para que o nome do antigo ditador fosse incluído na cédula. Os votos nulos somaram 25, e os brancos, 27. A proposta de mudança, ideia antiga de segmentos da comunidade escolar, prosperou depois que alunos da professora de sociologia Maria Carmen organizaram a exposição batizada “A vida em preto e branco: Carlos Marighella e a ditadura militar”. Filho de um operário italiano e de uma negra filha de escravos, o mulato Carlos Marighella tornou-se famoso na Bahia aos 17 anos, ao responder em versos rimados a uma prova de física. Militou por 33 anos (1934-67) no Partido Comunista. Integrou a Assembleia Constituinte de 1946, na qual defendeu, sem sucesso, propostas como o direito ao divórcio e a adoção do 13º salário. Deputado federal, teve o mandato cassado em 1948, por perseguição política. Comandou uma das greves mais rumorosas do século XX no país, a Greve dos 300 Mil, março-abril de 1953, em São Paulo. Desarmado, foi baleado e preso num cinema carioca em maio de 1964, semanas depois do golpe de Estado que depôs o presidente constitucional João Goulart. Após romper com o PCB, Marighella foi um dos fundadores e dirigentes da maior organização armada de combate à ditadura, a ALN, Ação Libertadora Nacional. Em novembro de 1968, o governo declarou-o formalmente inimigo público número 1, sendo logo em seguida assassinado. Segundo informações a repercussão no interior e também fora dos quartéis, entre os militares da reserva, está causando grande “reboliço” e ainda vai render bastante.

Um prefeito com responsabilidade O prefeito de Recife, Geraldo Júlio, anunciou que a Prefeitura não investirá dinheiro público no “FIFA Fan Fest,” espaço para shows e exibição de jogos durante a Copa do Mundo – o posicionamento foi anunciado em coletiva, da qual participei, quando adiantou que a medida pode ser plenamente justificada ao se deparar com a necessidade de investir na melhoria da Educação, Saúde e Mobilidade Urbana. “Não vamos investir recursos públicos no “FIFA Fan Fest”, Não há problemas na realização do evento, ele pode acontecer. Só não podemos usar o dinheiro público para isso”, reiterou. A decisão do prefeito Geraldo Júlio de não gastar 20 milhões com festas durante a Copa do Mundo, mesmo a cidade sendo uma das sedes, repercutiu favoravelmente nas redes sociais. O próprio governador Eduardo Campos foi enfático ao dizer: “É motivo de orgulho ter um prefeito que sabe avaliar cuidadosamente a forma de gerir as contas públicas e pensar no bem da cidade. Geraldo decidiu usar os R$ 20 milhões previstos na festa para atender outras prioridades do povo recifense”.

Teotonio permanece no governo até o final do mandato, reforma secretariado e causa suspense

O direito de sorrir e ser feliz Quase não acreditei quando li esta semana em um dos mais acessados sites locais a indignação de um de seus blogueiros por encontrar o governador Teotônio Vilela abraçando um grupo de amigos e na ocasião “demonstrava grande alegria e sorria”. Fiquei a imaginar: não entendi absolutamente nada ou esse pessoal desaprendeu fazer jornalismo . Usa com muita infelicidade e cita uma matéria publicada em jornal local nitidamente oposicionista e em plena campanha contra o governador para “louvar” seus argumentos. Vamos com calma gente e vamos ser duros, mas sem perder a ternura de admirar o sorriso e a celebração da amizade. Todos sabemos as dificuldades pelas quais temos passado, principalmente no quesito segurança, mas não somos apenas nós. Qual governante teria prazer sádico em conviver com prazer momentos de angustia e medo da sociedade que o elegeu? Por que o “antenado” blogueiro não contabiliza o lado positivo desses últimos sete anos de governo? Por que não registrar os 100 empreendimentos empresariais aqui atracados pela confiabilidade nunca dantes conseguida por uma administração estadual? A moralização das contas públicas e um ajuste fiscal competente? Um projeto de Estado voltado para o futuro e cujos frutos estão plantados solidamente? A retomada de credibilidade diante do governo federal e organismos internacionais que hoje investem e confiam em Alagoas, que deixou de ser visto como um covil de assaltantes da coisa pública e dos negócios indecentes da chantagem oficial? Vejo o governador como sempre o vi: um homem determinado, um cidadão feliz e em paz com sua consciência. Não carrega frustrações nem recalques, pois sempre soube ser maior que a adversidade. Como se diz no popular “tem certificado de origem” diferente da maioria dos políticos alagoanos. Tem o direito de abraçar e sorrir, coisa que nem todo mundo tem. Abrace e sorria governador. Nunca seja diferente do que sempre foi. Ao blogueiro um conselho de um veterano no ramo: "Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho . É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver." (Ariano Suassuna).

Quem deve teme Nesta quarta feira o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, recebeu a carta de renúncia do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). O documento foi entregue pelo filho do parlamentar, Renato Azeredo, e pelo advogado José Gerardo Grossi. A renúncia do tucano já havia sido confirmada mais cedo pela sua assessoria de imprensa. Alves afirmou haver sido comunicado previamente da decisão. “Ele [Azeredo] ligou pouco tempo atrás antecipando a decisão e [disse que] vai dedicar a vida a defender a honra dele e a família”. A carta de Azeredo foi lida em Plenário pelo deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que presidia a sessão. Em um trecho o deputado se diz inocente e nega ter participado de qualquer prática de lavagem de dinheiro ou outra conduta ilegal. Azeredo afirma ainda que preferiu renunciar a se submeter a processo de cassação. Se tem provas de sua inocência por que então renunciar? Não passa de mais um picareta malandro que se apropriou de dinheiro público, igualmente aos marginais do PT que participaram do Mensalão e estão na cadeia. Que por certo deve ser o destino de Azeredo se tiver um julgamento isento.

Nossos estadistas - O senhor já esteve com Dilma Rousseff? - Não. Quem é ele? - É a presidente da República. E de Lula o senhor já ouviu falar? - Também não. -Trata-se do ex-presidente, o mesmo sobre quem o presidente Barack Obama declarou: ”Ele é o cara”. - Obama diz isso pra todo mundo. Trecho da entrevista do bilionário americano Donald Trump, que quer investir no Brasil, nas “páginas amarelas” da revista Veja. (Os petralhas vão acusar o cara de que?).

Para refletir: MACEIÓ É UMA FESTA! – Infelizmente contrastando com o nível caótico da Educação, a situação de uma Saúde em coma e a Mobilidade Urbana pessimamente administrada.