Ausência de Cícero Almeida é sentida e inexplicável na reunião de Arapiraca
Ex-prefeito se acha o “cara” da música de Roberto Carlos e não pretende ser usado como marionete, na avaliação de sua tropa de choque No encontro de Arapiraca, a ausência do folclórico ex-prefeito de Maceió, Cicero Almeida (PRTB), foi sentida no evento. Ninguém está sabendo dos problemas de bastidores do chapão. Independentemente de Almeida ter se filiado ao PRTB, antes presidido pelo advogado Adeilson Bezerra, todos sabem de seu temperamento, da vaidade que subiu pela cabeça desde que foi eleito deputado estadual. Almeida se deixa levar muito pelas emoções. Um de seus hobbys, nos últimos meses, segundo confidenciou um de seus ex-assessores, e colocar-se diante do espelho e aponta para si mesmo cantando aquela canção de Roberto Carlos: “Este cara sou eu!”. Na quinta-feira, um dia antes do evento de Arapiraca, seus assessores já informavam que ele não deveria comparecer. “O Cícero entende que não é – e nunca foi – nenhuma marionete para fazer graça a quem quer que seja, apesar do respeito e consideração que ele tem por algumas pessoas que fazem parte do grupo que esteve reunido em Arapiraca”, confidenciou um dos integrantes da tropa de choque do ex-prefeito. Oficialmente, a ausência foi justificada pelo seu fiel escudeiro, engenheiro Mozart Amaral, ao senador Collor, um dos patrocinadores do evento. Mas o motivo da ausência não foi justificado pelo ex-secretário de Infraestrutura e presidente do Diretório Municipal do PMDB em Maceió. Sabe-se que Almeida ainda não digeriu o conselho dado pelo senador Renan Calheiros, quando ele insinuou sua candidatura ao governo estimulado que foi pelo senador Collor. Ele também ficou sabendo que estaria fora na composição da chapa majoritária, ou melhor, da possibilidade de sair como candidato a vice-governador. O problema é que Cícero Almeida não é confiável. Em sua trajetória política é apontado com legítimo traidor, como o fez com o empresário e vice-governador palmeirense Geraldo Sampaio, responsável direto pela sua eleição primeira de prefeito de Maceió na legenda do PDT. Depois traiu o empresário e deputado federal João Lyra e, por fim, nova traição com o senador Benedito de Lira (PP), que lhe deu guarda-chuva para a reeleição, através do seu partido. Almeida afirma que tem conversado muito com Deus, mas com a classe política ainda não criou nenhuma musculatura confiável. Seu caminho é consolidar a candidatura a deputado federal. E depois, de posse do mandato, quem sabe, conquistar o sonho de consumo: arranjar uma legenda para se tornar dono.