Alagoas
Samu registra mais de 6,5 mil acidentes com motos em Alagoas
Motolâncias agilizam atendimento em locais de difícil acesso e ajudam a salvar vidas em ocorrências com motociclistas.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas registrou, entre janeiro e 15 de dezembro, 6.504 acidentes envolvendo motocicletas. Isso representa uma média de 17,8 ocorrências por dia. As colisões mais frequentes envolvem carros, bicicletas, animais, carroças, caminhões, ônibus, além de quedas e atropelamentos, evidenciando a complexidade e gravidade do trânsito no estado.
Com base nos dados das centrais de Maceió e Arapiraca, o Samu tem reforçado a atuação com 15 motolâncias, que conseguem acessar áreas de difícil circulação, principalmente em situações de trânsito intenso, com maior rapidez.
Em um acidente recente, registrado no último domingo (28), às 18h22, na Rua Prof. Virgínio e Campos, no bairro do Farol, em Maceió, um jovem perdeu os dedos do pé direito após colisão entre um carro e uma motocicleta. Apesar de usar capacete, havia indícios de ingestão de bebida alcoólica. Ele foi socorrido por uma equipe da Unidade de Suporte Básico (USB) e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE).
Somente em 2024, as motolâncias realizaram 2.789 atendimentos, média diária de 7,6 ocorrências, sendo 2.094 em Maceió e 695 em Arapiraca. Os registros abrangem tanto casos clínicos, como mal-estar, convulsões e desmaios, quanto situações traumáticas, como quedas e colisões.
Segundo o coordenador geral do Samu em Alagoas, Mac Douglas de Oliveira Lima, a crescente demanda exige respostas cada vez mais rápidas. “Os acidentes com motocicletas representam uma pressão constante sobre nossas equipes. Quando o caso é grave, precisamos estabilizar no local e transportar rapidamente para um hospital. Muitas vezes, a primeira resposta salva vidas — e é aí que as motolâncias mostram sua eficácia”, ressalta.
Capacete e prevenção
Mac Douglas destaca que, com a implantação do Suporte Intermediário de Vida (SIV), em setembro de 2024, ampliou-se a capacidade de atendimento pré-hospitalar, especialmente com o uso das motolâncias.
“Elas são fundamentais para chegar em minutos a locais onde as ambulâncias demorariam mais. Em rodovias, vielas ou zonas rurais, o tempo ganho pode ser a diferença entre a vida e a morte”, enfatiza.
Apesar dos avanços operacionais, o coordenador alerta para a responsabilidade dos próprios motociclistas. “É fundamental que os motociclistas usem capacete, roupas adequadas e respeitem as leis de trânsito. A prevenção é tão importante quanto o atendimento. Com mais consciência, podemos reduzir drasticamente esses números”, conclui.
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