O aposentado Antônio Epifânio contou sua história quando esteve internado por dois dias no Hospital Geral do Estado (HGE) e precisou, com urgência, de transfusões de sangue. Sua vida dependia delas! Foram, no total, três bolsas de sangue, uma no Hemocentro de Alagoas (Hemoal), antes da internação, e mais duas no HGE.
Ele especificou que, em decorrência de uma hemorragia digestiva alta (HDA) se fragilizou bastante. A família e amigos se uniram para fazer as doações no Hemoal.
“Devo a minha recuperação e por que não, minha vida, minha salvação, ao sangue que tomei durante minha internação no HGE. Por conta disso, agradeço a todos que tiveram um tempinho de seu dia para doar seu sangue. É uma sensação indescritível saber que muitas pessoas se mobilizaram para doar e salvar uma vida. Muitos se sensibilizaram por conta dos pedidos e correntes feitas pelos meus filhos, parentes, amigos e pessoas que eu nem conheço. É muita emoção! Por isso, mais do que nunca, senti que doar é um ato de amor, de sensibilidade mesmo. Um ato humano, sabe”, disse emocionado, Antônio Epifânio.
O Hospital Geral do Estado (HGE) é a principal unidade receptora de sangue do Hemoal, com quase 200 pacientes por mês. São, em média, 20 transfusões por dia, cerca de 600 por mês.
Bolsas de sangue são repassadas ao HGE pelo Hemoal
Eduardo Câmara Agulhan, biomédico responsável pela Agência Transfusional do HGE, contou que, atualmente, a unidade hospitalar está com um estoque de 20 bolsas de sangue. “Já chegamos a realizar 23 transfusões por dia entre elas de sangue, plasmas ou plaquetas. Estar com 20 é um risco”, referiu.
Segundo ele, a agência transfusional e o serviço social do HGE têm uma parceria que busca sensibilizar os acompanhante de pacientes, “pedimos que doem sangue para ajudar ao seu ente querido e, até mesmo, para ajudar ao próximo. Nossa intenção é abastecer nossa unidade e aumentar o estoque de sangue do Hemocentro de Alagoas, que sempre está crítico”.
Eduardo explicitou que os números de transfusão têm aumentado também em decorrência dos hospitais que foram inaugurados. “Existem doadores que possuem a consciência de que doar é sempre um ato de amor ao próximo e somos gratos por essa atitude. Mas, precisamos ir além, os números de acidentes, os doentes que chegam com suas patologias – como, abdômen agudo com perdas de sangue, pacientes oncológicos, com trauma e perda de sangue em processo cirúrgico, os da ortopedia e da unidade de cardiologia, além daqueles em processo de amputação de membros por conta de uma diabetes não tratada -, todos esses casos, aumentam a necessidade de doações e é fundamental ampliarmos o número de doadores no nosso estado”, observou o biomédico.
