Geral
Câmara pede auxílio ao Ministério Público para obter documentos da gestão Júlio Cézar
Pompeu Magno, eleito cônsul por três vezes na Roma antiga, foi um dois maiores opositores de Júlio César, o imperador romano – após um longo período de aliança.
César, havia se tornado um ditador absoluto, decretando regras – e governando Roma ao seu bel prazer, sem consultar o senado, o parlamento romano.
Acabou ganhando a antipatia dos aliados que viraram opositores até ser assassinado, por Brutus, quando a situação ficou insustentável.
Guardando as proporções da história romana – em Palmeira dos Índios, Júlio Cezar (MDB) o “imperador local” trava batalha contra a edilidade, liderada por Geraldo Ribeiro Junior (PTB), o “fiscal do povo”, que tal qual Pompeu Magno foi eleito três vezes e realizou um verdadeiro milagre: fazer os colegas edis enxergarem a função de fiscalizar as ações do Executivo.
Após convocações frustradas de secretários e outras em que os titulares de pastas apareceram para “empurrar com a barriga” a entrega de documentos solicitadas pelos vereadores, estes resolveram através do ofício n.º 096/2021 encaminhar ao promotor de Justiça Luiz Pinto, da primeira promotoria de Justiça de Palmeira dos Índios, solicitando o auxílio do Ministério Público para que se faça cumprir a Lei Orgânica Municipal, especialmente no que tange ao artigo 66, XV, que remete à municipalidade o dever de prestar contas de suas ações e despesas em 15 dias, fato que não ocorreu até o presente momento.
O documento foi assinado por 8 vereadores, entre eles o presidente da Câmara Ronaldo Correia dos Santos Junior (PSL).
Os vereadores querem a prestação de contas de despesas em obras públicas e suas respectivas fontes de recursos da covid-19 e do Instituto de previdência municipal – que segundo rumores está quase falido e se assim for verdade irá prejudicar a imensa gama de servidores do município de Palmeira dos Índios.
A Câmara Municipal requereu ainda a folha de pagamento (incluindo décimo terceiro salário e férias de todos os servidores), relatório da gestão fiscal do último quadrimestre, e cópia do extrato das compras de material em Led feitas ao Consórcio de Gestão em Iluminação Pública (CIGIP), no ano de 2020.
Entre os vereadores, já se comenta a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, contudo outros políticos nos bastidores afirmam que os edis estão à espera apenas de um acordo político, onde possam ocupar espaços na gestão, indicando correligionários e parentes para cargos no alto escalão para aplacar a investigação.
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