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Ala governista condiciona apoio a Benítez

19/03/2021

Novos protestos ocorreram nas ruas de Assunção, no Paraguai, na madrugada desta quinta-feira, 18, após a Câmara dos Deputados rejeitar abrir um processo de impeachment contra o presidente Mario Abdo Benítez e seu vice, Hugo Velázquez, pela forma como o governo tem lidado com a pandemia. A sede do governista Partido Colorado foi incendiada.

Desde março, Benítez vem sendo pressionado por manifestações populares que pedem sua renúncia. E não há sinais de que a crise política se resolva. O governo anunciou ontem restrição de circulação noturna em razão da pandemia, que coincide com o horário dos protestos.

O partido governista, dividido em duas alas – a de Benítez e a dos apoiadores do ex-presidente Horacio Cartes – se uniu e conseguiu derrubar a proposta apresentada pelo Partido Liberal, o maior da oposição, e outros minoritários.

Após os protestos, o presidente da Associação Nacional Republicana (nome oficial do partido Colorado), Pedro Alliana, lamentou o incêndio da sede da legenda e reiterou que o movimento Honra Colorado (que apoia Cartes) não integra o governo e a opção por barrar o impeachment foi para exigir melhoras na administração.

“Não pedimos nenhum cargo para exercer um governo paralelo. Não salvamos o governo para que tudo continue igual, pelo contrário. Vamos ser mais oposição do que a própria oposição. O Honra Colorado não fez parte de nenhum ato de corrupção deste governo e exigimos resposta rápida à situação da pandemia e à recuperação econômica”, afirmou Alliana à rádio 650 AM.

O Ministério da Saúde reporta uma média de 40 mortes e 2 mil contágios por dia. Embora ainda seja baixo em comparação com os padrões da região, o total de casos confirmados é de mais de 181 mil e 3,5 mil mortos em uma população de 7 milhões.

Restrições

Ontem, o Paraguai iniciou novo período de restrição à circulação noturna para conter o aumento de casos de covid. O toque de recolher permanecerá em vigor até o dia 4, entre as 20 horas e as 5 horas, quatro horas a mais que a restrição atual – da meia-noite às 5h. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Autor: Redação, O Estado de S.Paulo
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