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Fifa pede ‘bom senso’ sobre possíveis punições para quem homenagear George Floyd
A Fifa pediu “bom senso” na aplicação de possíveis punições a jogadores ou clubes que homenageiem durante partidas o norte-americano George Floyd, cuja morte no último dia 25 após uma ação policial gerou uma onda de protestos antirracistas nos Estados Unidos. Em um comunicado oficial emitido nesta terça-feira, a entidade pede às federações nacionais para mostrar alguma flexibilidade, como foi feito pela Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) após vários atletas terem prestado alguma homenagem no final de semana.
“A Fifa compreende totalmente o sentimento profundo e as preocupações mostradas por vários jogadores devido às trágicas circunstâncias do caso de George Floyd”, afirmou a entidade.
O organismo que comanda o futebol mundial lembra que a aplicação das leis (que preveem penas para jogadores que mostrem mensagens políticas durante os jogos) é da responsabilidade dos organizadores das competições, mas pede que se use “bom senso e se tenha em consideração o contexto que envolvem estes eventos”.
O futebol tem sido muito criticado por fazer pouco para erradicar o racismo, mas a Fifa garante que se tem “expressado repetidamente (…) contra o racismo e a discriminação de qualquer espécie”. “Recentemente (a Fifa) reforçou as suas próprias regras disciplinares para tentar ajudar a erradicar esses comportamentos”, prosseguiu o comunicado.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em Minneapolis, no estado americano de Minnesota), depois de um policial branco ter pressionado o seu pescoço no chão com o joelho durante cerca de oito minutos em uma operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, tem acontecido protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de vandalismo.
Pelo menos quatro mil pessoas foram detidas e o toque de recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova York, mas diversos comentários do presidente norte-americano, Donald Trump, contra os manifestantes têm intensificado os protestos.
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