Geral
Medalhões da Câmara de Palmeira não aparecem em pesquisa
A quarta maior cidade do estado, Palmeira dos Índios, conhecida como Princesa do Sertão, já demonstra que a corrida eleitoral iniciou. Nos bastidores, esquinas e bares, o assunto em voga é a eleição de 2020, em que pese ainda faltar um ano e meio para sua realização. Contudo a cada dia que passa o debate aumenta sobre os pré-candidatos a prefeito (em número reduzido até o momento) e o gigantesco número de pretendentes para as quinze cadeiras da Câmara Municipal.
De olho no “gordo” subsídio de vereador, muitos desejam lutar por uma vaga na eleição de 2020, porque acreditam que o trabalho é pouco e o lucro é muito.
Em Palmeira dos Índios mais de 20 partidos se organizam para a disputa com mais de 300 concorrentes em concorrência maior do que prova do ENEM.
E o que atrai essa legião de abnegados cidadãos para ser um legislador?
Na verdade o vereador só trabalha duas horas por semana, às quartas-feiras (nas sessões legislativas), totalizando oito horas por mês e recebem remuneração base de R$6 mil mais as vantagens legais.
Além disso, muitos deles conseguem emplacar parentes na estrutura do Poder Executivo (tema para outra reportagem), numa espécie de barganha para aprovar os projetos de lei do prefeito, o que garante aos edis uma renda mensal familiar bastante significativa.
Para a população isso é bastante prejudicial pois não garante a independência do legislador. Diante disso a atuação do vereador fica prejudicada porque tende a apoiar todo e qualquer projeto do Executivo, não se preocupando em fiscalizar as ações do outro Poder, nem tampouco repercutindo na Casa Legislativa o anseio popular, pois ficam “amarrados” à vontade do chefe de plantão da prefeitura.
Pesquisa
Como o assunto “eleição” virou a tônica da cidade palmeirense, o Instituto Falpe foi contratado para realizar uma pesquisa no município e divulgada por jornais da capital.
Divulgada na terça-feira, 16, – antes da Semana Santa – a consulta revela o atual quadro de prestígio dos favoritos à prefeitura e à Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios junto ao eleitorado se as eleições fossem hoje.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Falpe. Foram ouvidas 1.200 pessoas nos dias 12, 13 e 14 deste mês. A margem de erro é de 5% e o intervalo de confiança na casa dos 95%.
Na consulta para a Câmara Municipal é possível perceber algumas surpresas (clique aqui na Lista) que desafiam os experts da política local. Em primeiro lugar aparece o atual vereador Dindor (de primeiro mandato) que na eleição de 2016 se elegeu pelo então PRTB. Toninho Garrote (PP), mantém a consistência e aparece em segundo lugar na pesquisa. Também em primeiro mandato, o vereador atualmente está afastado das atividades legislativas para tratamento de saúde.
Outro que mantém prestígio perante o eleitorado é o vereador Val Enfermeiro (PRP), campeão de votos na eleição passada e que na pesquisa aparece em terceiro lugar. Fábio Targino (PSL) e Abraão do BMG (PRTB) fecham o “top 5” dos favoritos para a eleição de 2020.
Surpresa negativa
Como toda eleição é uma caixinha de surpresas, em Palmeira dos Índios, as ausências entre os favoritos, na opinião dos entrevistados – do atual presidente da Câmara Agenor Leôncio (PSB), e das vereadoras Ana Adelaide (MDB) e Joelma Toledo (MDB) que formam a bancada feminina revela que a disputa será acirrada e que novos nomes deverão entrar no páreo com força.
Segundo a pesquisa de agora a tendência seria Agenor Leôncio manter a escrita de que todo presidente da Casa em final de legislatura não consegue se reeleger a exemplo no passado de Rui Guimarães, Manoel Alcântara, Val Basílio, Geraldo Alencar e Salomão Torres.
Já a exclusão da bancada feminina da preferência do eleitorado demonstra que está faltando visibilidade no trabalho das parlamentares perante o eleitorado local, já que as duas tentam se mostrar atuantes pelo menos nas sessões legislativas.
Chapão
Na eleição de 2020 novas regras já estão estipuladas e outras novas poderão ser lançadas até outubro deste ano para entrar em vigor no próximo pleito. Uma delas já em vigor é o fim das coligações partidárias. Cada partido terá que montar seu grupo de candidatos para disputar as vagas na Câmara de Vereadores e terá que conseguir sozinho atingir o cociente eleitoral.
Para isso o G10, um grupo de vereadores – deverá se agrupar em um único partido visando a eleição da maioria deles na próxima janela partidária a ocorrer em março de 2020. Sabe-se que nessa contabilidade, no mínimo três serão derrotados. Resta saber quem? E também, já que estão sabedores dessa degola quem se arriscaria a lutar entre os chamados “grandes”.
Mas pela pesquisa aqui divulgada (um retrato de hoje) a tendência já é visível. è só consultar os números.
E o que seria a solução pra eles do G-10 mais à frente pode se tornar numa tormenta às vésperas da filiação partidária, permitida em janela até março de 2020.
Será que eles ficam unidos até lá? Será que eles continuarão a sustentar o “trono” do prefeito Júlio Cezar. Ou o trairão o prefeito, tal qual os senadores traíram o imperador homônimo em Roma?
Só o tempo dirá?
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