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Maceió – Movimento Unificado exige recomposição de 16,10% para servidores municipais
A campanha salarial da rede municipal de Maceió já começou. Com data base em janeiro, o Movimento Unificado de Servidores Públicos Municipais manteve a unidade iniciada em 2017, realizou a 1ª assembleia do ano, nesta quinta-feira (17), reunindo todas as categorias, no auditório do Sindicato dos Bancários, objetivando definir a pauta e dar início às negociações com a prefeitura. Este ano o reajuste reivindicado é de 16,10%, com base no cálculo de todas as perdas acumuladas desde 2015.
Com a presença de lideranças da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT/AL), participaram da assembleia, além do Sinteal, Sindprev, Sindnutri, Sindacs e Sindspref. Além dessas entidades sindicais, algumas associações de guardas civis compareceram para prestar apoio ao movimento.
Além dos 16,10% de reajuste salarial para todas/os as/os servidoras/es municipais, a pauta cobra o pagamento das progressões de carreira, um direito garantido por lei que não está sendo respeitado pela gestão.
Cada categoria mantém também as negociações específicas. No caso da Educação, a presidenta Consuelo Correia informou que já encaminhou a pauta à SEMED. “Exigimos adequação da hora-atividade que não está sendo respeitada em todos os contratos, também questionamos o formato do ponto eletrônico, que não está adequado à realidade das escolas, e, por fim, repudiamos o fechamento de escolas e a reestruturação da rede em geral, que só traz prejuízos para a população”, detalhou Consuelo.
As lideranças relataram que os sindicatos estão fazendo um estudo das finanças do município. “Precisamos mostrar que tem margem para pagar o que temos direito”, disse Célio dos Santos, presidente do Sindprev.
A plenária decidiu que vai aguardar a resposta da prefeitura até o dia 31 de janeiro. Depois disso, caso as negociações não avancem, o movimento promete “tirar o sossego do prefeito”. A primeira mobilização já está decidida para o dia 4 de fevereiro.
Reposição de perdas
O movimento construiu a pauta com base na luta que vem sendo feita nos últimos anos. A unificação das categorias, em 2017, foi um passo importante para o fortalecimento da luta, seja unificada ou por categoria. Apesar de ter ficado abaixo do merecido, o reajuste de 3% representou a prova de que o gestor não tem como resistir à mobilização com unidade da classe trabalhadora. “Saímos do zero à força, e vamos continuar firmes para garantir o que é nosso”, disse Consuelo.
No final de dezembro, os dirigentes sindicais foram à Câmara de Vereadores de Maceió durante a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Eles dialogaram com os parlamentares e garantiram para que o orçamento ano deste ano já tenha a previsão do reajuste do IPCA para os/as servidores/as.
Janeiro Branco
A saúde do trabalhador não pode ser esquecida. Antes da assembleia o Sinteal fez uma ação de conscientização sobre o Janeiro Branco, uma campanha em defesa da saúde mental. “Sabemos que a educação tem sofrido cada vez com adoecimento da mente, isso se deve também às condições de trabalho. Estamos realizando atividades e chamando atenção de todos para não negligenciar as emoções e a nossa cabeça. E também cobramos da gestão que melhore as condições para evitar os prejuízos de tanto adoecimento”, disse Patrícia David, do coletivo de saúde do trabalhador do Sinteal e secretária de Comunicação.
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