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Justiça determina penhora da taça do Mundial do Corinthians; Andrés ironiza

08/11/2018

O juiz Luis Fernando Nardelli, da 3.ª Vara Cível de São Paulo, acatou o pedido do Instituto Santanense e determinou nesta quinta-feira a penhora da taça do Mundial de Clubes de 2012 do Corinthians. A entidade cobra uma dívida de R$ 2,48 milhões.

O presidente corintiano, Andrés Sanchez, concedeu entrevista coletiva também nesta quinta-feira e ironizou a decisão judicial. “Pelo menos o Corinthians tem taça de Mundial, duas, para penhorar, né? Temos terrenos, ônibus, carros, patrimônios, mas quiseram a taça do Mundial, é provado que o Corinthians tem dois Mundiais, e quiseram isso”, disse.

O clube tem o direito de recorrer da decisão. Por enquanto, o Corinthians continua com a posse da taça, mas não pode vendê-la. Andrés Sanchez explicou que o processo corre há muito tempo na Justiça. No dia 22 de outubro, houve uma outra decisão favorável ao Instituto Santanense, que penhorava parte do prêmio que o Corinthians receberia pelo vice da Copa do Brasil. No entanto, a decisão chegou ao clube um dia depois de a CBF ter pago o valor integral.

“É um processo que corre desde 2005 ou 2006, não lembro. Era uma faculdade que tinha no Parque São Jorge, teve um rompimento, as duas partes entraram na Justiça, tanto a faculdade quanto o Corinthians. Eles têm a receber e nós também. Estamos há dois meses negociando um acordo, estava bem adiantado, mas infelizmente os advogados queriam uma nota midiática e fazer esse negócio da taça”, prosseguiu Andrés Sanchez.

O Instituto Santanense entrou na Justiça para cobrar um dinheiro referente ao rompimento de uma parceria. O combinado inicial era o Corinthians ceder parte do Parque São Jorge para que a universidade oferecesse aulas de Educação Física. O contrato foi quebrado por parte do clube, que arrendou o mesmo espaço a uma igreja.

Em setembro, houve uma audiência para tentar um acordo, mas não deu certo. Na ocasião, a universidade pedia R$ 4,1 milhões. O Corinthians cobra da universidade também uma dívida anterior, de 2008, referente ao patrocínio acertado e que não foi pago. O clube pede R$ 1,2 milhão.

Autor: João Prata
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