Divulgação

Foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) na quarta-feira, 24, decisão em que a Promotoria de Justiça de Arapiraca resolveu converter o procedimento preparatório contra a prefeitura relativo à merenda escolar em inquérito civil. A distribuição de merenda nas escolas públicas municipais de Arapiraca virou alvo de inquérito e razão do suposto descaso por parte da prefeitura do município.

O caso já vinha sendo apurado pelo Ministério Público de Alagoas (MP) desde março deste ano. Segundo informações do Ministério Público em algumas escolas, como é o caso da Escola de Ensino Fundamental 31 de Março, itens como pão, carne moída e iogurte não chegam desde janeiro. Em outra unidade de ensino, as Escola Pedro Correia das Graças, a investigação identificou a falta de iogurte e que a quantidade de carne bovina está aquém de atender as necessidades dos alunos.

Já na Escola Hugo José C. Lima – uma das maiores no município – foi constatado que o lanche estava sendo servido apenas com biscoito maisena e suco de caju. A escola ainda apresentava vazamento de gás e problemas na falta de água na cozinha. Conforme o relatório, na Escola Crispiniano F. de Brito, os professores tiram dinheiro do próprio bolso para ajudar na compra de alimento para os alunos.

A direção ainda informou que a escola atende estudantes com alto risco de vulnerabilidade, havendo índice elevado no uso e venda de drogas. Os promotores de justiça Maurício Amaral Wanderley e Viviane Karla da Silva Farias visitaram em agosto as escolas municipais citadas.

O órgão ministerial declarou que vai “dar continuidade às investigações acerca da distribuição da merenda escolar e transporte escolar nas escolas públicas do município”.