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Dólar tem dia de volatilidade, sobe 0,13% e chega a R$ 3,90
O dólar teve desempenho inconstante nesta quinta-feira, 16, oscilando ao sabor de influências internas e externas e sensível ao noticiário relativo à corrida eleitoral. A moeda americana alternou altas e baixas ao longo da sessão de negócios e acabou por fechar perto com ligeiro viés de alta, cotada a R$ 3,9029 no mercado à vista (+0,13%). Enquanto o cenário internacional favoreceu algum alívio na aversão ao risco dos últimos dias, o ambiente eleitoral mais movimentado manteve o investidor na defensiva.
Entre a mínima e a máxima, a cotação do “spot” oscilou em um intervalo de 6 centavos, de R$ 3,8674 (-0,78%) a R$ 3,9265 (+0,74%). Aparentemente, o dólar “respeitou” mais uma vez a resistência dos R$ 3,92, patamar a partir do qual há registro de vendas feitas por agentes do comércio exterior. Essa resistência, advertem os analistas, é considerada bastante frágil no ambiente atual.
Pela manhã, predominou sinal de baixa das cotações, que estiveram alinhadas ao enfraquecimento do dólar ante moedas emergentes e fortes. Contribuíram, entre outros fatores, os indicativos de reaproximação comercial entre os Estados Unidos e a China. O vice-ministro do Comércio da China, Wang Shouwen, foi convidado a visitar Washington para retomar o diálogo entre as duas maiores economias do mundo.
“A questão da Turquia é que muitos investidores deixaram de apostar contra o país, diante da possibilidade de um pacote de socorro do FMI, como aconteceu com a Argentina. Essa percepção acabou por acalmar o mercado de câmbio”, afirma Robério Costa, economista-chefe do Banco Confidence.
Apesar de ter se mostrado essencialmente positivo, o noticiário internacional foi considerado entre os analistas como pouco influente para os negócios por aqui. A 50 dias úteis da eleição presidencial, é visivelmente maior a sensibilidade dos ativos ao noticiário e às especulações em torno de candidatos com chances de chegar ao segundo turno do pleito.
Nesse ambiente, houve um rápido momento de estresse no início da tarde, quando circularam rumores de que Geraldo Alckmin (PSDB) poderia ser alvo de denúncia do Ministério Público. O tucano depôs ontem no inquérito que investiga suspeita de uso de caixa 2 a partir de repasses da Odebrecht para suas campanhas de 2010 e de 2014. A cotação máxima do dia foi registrada sob efeito desse clima de maior nervosismo.
Autor: Paula Dias
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