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Rei Pelé: 47 anos de história e trabalho pela maior praça esportiva de Alagoas

25/10/2017
Rei Pelé: 47 anos de história e trabalho pela maior praça esportiva de Alagoas
Estádio Rei Pelé

Estádio Rei Pelé

Dezenas, centenas, milhares, milhões de pessoas já tiveram o prazer de entrar em um estádio de futebol, lotado, de preferência. Mas, e quando se tem a oportunidade de entrar todos os dias, com ele vazio, aproveitando cada canto e imaginando situações? O Estádio Rei Pelé é um grande exemplo. Nesta quarta-feira, dia 25 de outubro, a maior praça esportiva de Alagoas completa 47 anos e, além de abrir as portas para o esporte, recebe também a Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj), proporcionando assim uma sensação única de trabalhar em um gigante do esporte nacional.

Natural de Arapiraca, torcedora do ASA, mas, acima de tudo uma incentivadora do futebol alagoano e do esporte de uma forma geral, a secretária Claudia Petuba lembra da missão de gerir uma secretaria de Estado, como também exercer a sua função, todos os dias no Rei Pelé.

“Mudar a realidade do esporte alagoano é um grande desafio. Mostrar as pessoas que o esporte pode e deve ser uma ferramenta não apenas de rendimento, mas também de inclusão social, não é fácil, mas é de fundamental importância. Mas todo esse esforço, parece mais fácil e agradável quando se faz dentro de um palco do esporte. O Rei Pelé é a nossa maior praça esportiva. As pessoas querem conhecer, acompanhar um jogo e estar aqui todos os dias, é garantia de ter as energias renovadas”, afirmou a secretária.

Naturalmente a imagem de um estádio é vinculada ao futebol. No Rei Pelé a história é bem parecida, tendo em vista que recebe grandes jogos durante todo o ano, mas a praça esportiva vai além, ao receber todos os esportes. Diariamente no “Trapichão”, como é também carinhosamente chamado o Rei Pelé pelos torcedores alagoanos, são realizadas aulas de Zumba, futebol, handebol e ginástica através do “Na Base do Esporte”, o primeiro programa social com viés esportivo do Governo de Alagoas.

Além disso, diversas entidades esportivas estão instaladas no espaço, atividades culturais são realizadas, o projeto “Bombeiro Mirim” do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas promove suas atividades e milhares de pessoas são recebidas todos os anos, nos 50 alojamentos espalhados pelo estádio.

Museu dos Esportes, uma atração à parte no Rei Pelé

O Rei Pelé por si só é um ponto turístico e ainda oferece opções de passeios, como o Museu dos Esportes, administrado pelo ex-jogador, jornalista e historiador Lauthenay Perdião, que é considerado um patrimônio do esporte alagoano.

“Eu vi isso aqui (Rei Pelé) acontecer. Desde a sua formatação, construção, inauguração, reformas, até os dias de hoje. O museu é um espaço que vive da história, dos fatos, das pessoas, dos objetos e eu prezo muito pela manutenção e respeito das lembranças. Por isso eu cuido daqui como se fosse a minha casa, minha família. Faço questão de estar aqui todos os dias. Só não venho se tiver doente ou com consulta marcada”, lembrou.

Espaço também abriga homenagem a melhor do mundo

O “Memorial Rainha Marta” é outro espaço requisitado por todos, uma vez que homenageia a melhor jogadora de futebol do mundo, por cinco vezes, a alagoana Marta. O espaço, por sinal, é parte do caminho do projeto “Visitas Guiadas”, que recebe estudantes e grupos de turistas da capital e do interior do Estado.

Para manter essa engrenagem chamada Estádio Rei Pelé funcionando, nada melhor do que duas pessoas que conhecem bem cada canto deste espaço. Ex-jogador de futebol, Otávio Quadros, conhecido como grande capitão do CSA no vice-campeonato da Copa Conmebol de 1999 e tetracampeão alagoano, juntamente com Williams Valter, o Mimi, que atuou tanto por CSA como CRB, fazem parte do time da Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj).

“O tempo de jogador passou, a gente acaba se acostumando, assim como trabalhar aqui no Rei Pelé. Mas não tem como a gente parar, olhar e não lembrar dos momentos bons dentro de campo. Isso acontece quase todo dia”, disse Otávio.

Mimi, que é pernambucano de origem, atualmente mora em Alagoas e atua na área operacional do “Trapichão”, acompanha cada detalhe dos serviços, como manutenção do gramado, arquibancada, mas, como bom atacante, não perde a vontade de estufar as redes. “Eu moro e trabalho aqui, mas não fico enjoado não. A gente cuida para os grandes jogos, mas queria estar sempre batendo uma bolinha e fazendo gol, como há algum tempo”, afirma.

Outro que viveu grandes momentos no Estádio foi o ex-árbitro Charles Hebert. Na estrutura da Selaj já passou pela gerência do Estádio Rei Pelé e atualmente é secretário executivo e avalia as boas lembranças no estádio, bem como a atual função.

“O sonho de todo árbitro aqui em Alagoas é apitar um jogo no Rei Pelé. Foi aqui que eu comecei, comandei clássicos, jogos decisivos e consegui destaque para atuar em jogos de nível nacional. Atualmente eu estou secretário executivo, desempenhando funções dentro do estádio e por mais que tenhamos muito trabalho, o sentimento é de recompensa quando vemos a praça funcionando e recebendo grandes públicos”, completou.

Diferente de outros tempos, a certeza que se tem hoje, dia do aniversário do Trapichão, é que o Estádio Rei Pelé vive um momento de melhorias constantes. Um processo de qualificação de pessoas e espaços, para melhor atender o desportista alagoano