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Sedetur assina convênio para reformar ateliê do mestre João das Alagoas em Capela
Plural e de valor estético inquestionável, o artesanato alagoano garante o sustento de muitas famílias no Estado. Em Capela, o mestre patrimônio vivo João das Alagoas divide o conhecimento com pessoas da comunidade local em seu ateliê.
Para colaborar com a atividade, na sexta-feira (1º), o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), e em parceria com a prefeitura de Capela, assinou um convênio para reformar o ateliê do mestre artesão. Orçado em R$ 199.983,80, o convênio vai garantir um ambiente mais adequado para a produção artesanal.
“A reforma vai ser muito importante pra gente. Esse prédio aqui tem muita umidade, não é adequado para funcionar como ateliê. Com a reforma vamos poder receber as pessoas melhor, e isso, com certeza, trará mais visibilidade para o nosso trabalho”, explicou João das Alagoas.
Em 25 anos de trabalho, o artesão já recebeu mais de 80 jovens em seu ateliê, que receberam aulas e foram acompanhados pelo mestre. Leonilson Arcanjo é um desses jovens; hoje, aos 25 anos, ele tira da arte popular o seu sustento.
“Cheguei aqui com 7 anos. De lá pra cá aprendi muito e só tenho a agradecer. Sinceramente, eu não sei como teria sido a minha vida se eu não fosse o mestre João”, disse Leonilson emocionado.
Atualmente, em Alagoas, mais de 13.000 artesãos estão registrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro. O Sicab faz parte do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), um programa do Governo Federal que integra o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e que, em Alagoas, é coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur).
“Os dados do Sicab mostram que 60% dos artesãos registrados pelo PAB, em Alagoas, vivem somente da produção artesanal. São pessoas como Leonilson, como o mestre João, a mestra Sil e Nena de Capela. Apoiar, gerar visibilidade e acompanhar o trabalho deles é uma questão de valorização da nossa cultura, mas, também, de desenvolvimento econômico”, explicou o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Helder Lima.
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