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UE do Agreste atendeu 44 vítimas de queimaduras em maio

06/06/2017
UE do Agreste atendeu 44 vítimas de queimaduras em maio
O manuseio incorreto de fogos de artifício são os principais responsáveis pela maioria dos acidentes no período junino(Fotos: Carla Cleto)

O manuseio incorreto de fogos de artifício são os principais responsáveis pela maioria dos acidentes no período junino(Fotos: Carla Cleto)

A Unidade de Emergência do Agreste, principal referência no atendimento a pacientes com traumas de média e alta complexidade no interior de Alagoas, atendeu 44 vítimas de queimaduras em maio. E, neste mês de junho, dedicado às festas juninas, historicamente há um aumento do número de queimados, o que redobra o alerta à população, em razão das tradicionais fogueiras e fogos de artifício.

Segundo o Núcleo de Processamento de Dados (NPD) da Unidade de Emergência do Agreste, do total de ocorrências registradas em maio, 26 foram relacionadas a queimaduras provocadas por líquido quente, duas por fogos de artifício e 16 por outros acidentes. Ao todo, 43 pacientes receberam alta médica nos dias seguintes à internação e uma pessoa ficou em observação, por conta da gravidade dos ferimentos.

Com a proximidade dos festejos juninos, aumenta a preocupação dos profissionais de saúde, uma vez que, nessa época do ano, são registrados mais acidentes com o uso de fogos de artifício.

Conforme relatório divulgado pela UE do Agreste, entre os dias 12 e 31 de junho de 2015, o pronto socorro recebeu 29 pessoas com queimaduras provocadas pelas faíscas, chamas e explosões das bombas, rojões e foguetes. No mesmo período do ano passado foram contabilizados 22 internamentos de vítimas de queimaduras.

De acordo com o cirurgião plástico Pedro Lopes, os pacientes atendidos na Unidade de Emergência do Agreste apresentam queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus, que se concentram, principalmente, na face, tórax e nas mãos, no caso específico de escaldadura em crianças (líquido muito quente) e ferimentos com fogos de artifício.

“Os acidentes ocorrem mais pela distração e, também, porque nem sempre o manuseio e a exposição do fogo acontecem de forma correta e segura. Medidas simples como virar os cabos de panelas para dentro do fogão e a manipulação de café, leite quente ou qualquer alimento em cozimento em área de difícil acesso para a criança são capazes de evitar o trauma nos pequeninos”, explica o médico.

O médico revela, também, que o resfriamento na área atingida com água corrente é a ação mais importante a ser adotada logo após o acidente. “É importante salientar que não deverá ser utilizado gelo ou água gelada, pois são agentes que podem aprofundar a queimadura. O uso de manteiga, café em pó, plantas e pasta de dente também são capazes de agravar a lesão, uma vez que podem provocar infecção e afetar ainda mais o quadro clínico do paciente”, alerta o cirurgião plástico da Unidade de Emergência do Agreste.