Política

Servidores de Curitiba invadem Câmara contra “pacotaço”

20/06/2017
Servidores de Curitiba invadem Câmara contra “pacotaço”
Confusão entre manifestantes e policiais militares deixa feridos durante protesto em frente à Câmara Municipal de Curitiba (PR), na manhã desta terça-feira (20). Foto: (Rodrigo Fonseca/Futura Press)

Confusão entre manifestantes e policiais militares deixa feridos durante protesto em frente à Câmara Municipal de Curitiba (PR), na manhã desta terça-feira (20).
Foto: (Rodrigo Fonseca/Futura Press)

No momento da ocupação, por volta das 10h15, houve tumulto e pelo menos quatro feridos, conforme o Corpo de Bombeiros. Policiais usaram cacetetes e spray de pimenta. A CMC informou que desde ontem dez pessoas procuraram cuidados médicos na Divisão de Programas de Saúde do próprio Legislativo, queixando-se de falta de ar, por exemplo. Uma delas, com corte na cabeça, foi encaminhada hoje ao hospital.

Após quatro horas de reunião com parlamentares da base, o presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), suspendeu os trabalhos e marcou outra sessão para a próxima segunda-feira (26). Até então, apesar do tumulto do lado de fora, o expediente transcorria normalmente, com quórum de 37 dos 38 parlamentares.

A pedido do tucano, a juíza Patrícia de Almeida Gomes, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, também concedeu mandado de reintegração de posse da Câmara e estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. No início da tarde, contudo, o plenário ainda seguia ocupado.

Essa foi a segunda suspensão da votação do Plano de Recuperação do Executivo, apelidado de “pacotaço”. A primeira ocorreu na terça-feira da semana passada (13), também em decorrência das manifestações populares. Os quatro projetos estão tramitando em regime de urgência e, por isso, trancam a pauta. Nenhuma outra matéria pode ser analisada enquanto eles não passarem pelo plenário ou foram retirados.

Estão em análise: a alteração da previdência dos servidores municipais (005.00194.2017), o congelamento das carreiras (005.00196.2017), o leilão de dívidas (005.00198.2017) e a Lei de Responsabilidade Fiscal do Município (002.00020.2017). Se aprovadas, as mudanças devem afetar 30 mil funcionários públicos na ativa e 16 mil aposentados e pensionistas.