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Análise de CSA x ASA: obediência tática e fator Marcos Antônio são decisivos

15/05/2017
Análise de CSA x ASA: obediência tática e fator Marcos Antônio são decisivos

CSA e ASA não fizeram uma partida muito técnica na estreia da Série C. Os times não criaram chances claras de gols e prevaleceu a obediência tática, aliada à boa atuação do volante Marcos Antônio, peça chave no esquema montado pelo técnico Ney da Mata, do CSA.

Cotado para entrar de primeira, Didira foi retirado da relação azulina por ter tomado uma medicação para sinusite e, assim, correr o risco de ser punido no exame antidoping. No seu lugar, o treinador azulino mandou Marcos Antônio a campo. Com a entrada dele, o CSA atuou com Thiago Potiguar pelo lado direito, Michel centralizado e Marcos Antônio na esquerda, formando assim um tripé ofensivo. Daniel Costa era o homem mais fixo no meio-campo para armar as jogadas. Com isso, o Azulão atuava num 4-3-3.

O ASA apertava a marcação, com Mazinho, Juninho e Leanderson, e não dava brechas ao adversário, que tinha dificuldade na transição das jogadas. Jhulliam, estreante no time arapiraquense, se movimentava bastante e tentava conduzir a bola ao ataque, montado com Tiago Souza, pela esquerda, e Leandro Kível centralizado. O camisa 9 muitas vezes saiu da área para buscar o jogo. Ainda no primeiro tempo, o técnico Maurílio optou em trocar Airton por Léo Campos, na tentativa de fazer as jogadas fluírem pela lateral esquerda.

Sem a liberdade que era comum no esquema tático de Oliveira Canindé, Everton Heleno fez uma partida discreta, sem inspiração. Em alguns momentos, chegou a irritar parte da torcida azulina. Como o novo treinador, a liberdade ficou para Marcos Antônio, melhor jogador em campo. O camisa 7 do CSA chegava bem ao ataque a até arriscava alguns chutes de fora da área. Numa boa trama, ele aproveitou cruzamento de Thiago Potiguar, tirou o marcador da jogada e tocou na saída de Carlão. Atrás no placar, o ASA tentou o empate, mas sofreu o segundo gol num contra-ataque, num lance de categoria de Michel.

No intervalo, o técnico do ASA optou por trocar Douglas por Everton. O estreante se mostrou mais incisivo e chegou mais vezes à linha de fundo. No CSA, Ney da Matta trocou Daniel Costa por Vanger, uma tentativa de explorar o contra-ataque. Depois, Dick entrou no lugar de Michel e fez uma dobra com Celsinho no lado direito do Azulão. Perdendo, o técnico alvinegro sacou Mazinho e mandou Djalma a campo, numa tentativa de diminuir o placar.

Como a ordem no CSA era que os setores jogassem compactados, o meio-campo estava bloqueado, sem espaços para o ASA. Leandro Kível foi anulado facilmente pelo sistema defensivo do Azulão. Mesmo assim, o Alvinegro tentava. Boquita ainda entrou no CSA no lugar de Everton Heleno e deu mais sustentação na frente da área, ao lado de Dawhan.

Leandro Kível foi marcado de perto pela defesa azulina (Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)

O ASA se complicou ao perder o volante Leanderson, expulso após receber o segundo amarelo. No finalzinho, numa jogada pelo lado esquerdo, Vanger foi à linha de fundo e cruzou na área do ASA. O goleiro Carlão se complicou e, na disputa de bola, acabou derrubando Dick. Pênalti marcado pelo árbitro Júlio César Farias e convertido por Vanger.