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Fecha o cerco contra o Hospital Santa Rita: Ministro e prefeito criticam cobrança de taxas para atendimento

19/04/2017
Fecha o cerco contra o Hospital Santa Rita: Ministro e prefeito criticam cobrança de taxas para atendimento
Ministro Marx Beltrão e prefeito Júlio Cezar condenam cobrança de atendimento do Hospital Santa Rita para a população palmeirense (Foto: Assessoria)

Ministro Marx Beltrão e prefeito Júlio Cezar condenam cobrança de atendimento do Hospital Santa Rita para a população palmeirense (Foto: Assessoria)

Em visita a obras que estão sendo realizadas em Palmeira dos Índios, através de recursos disponibilizados pelo senador Renan Calheiros e pelo deputado federal Paulão, o ministro do Turismo, o alagoano Marx Beltrão, criticou duramente a gestão do Hospital Santa Rita que, mesmo sendo mantido integralmente pelo Sistema Único de Saúde, não disponibiliza atendimento gratuito à população. O ministro anunciou R$ 2 milhões para as unidades básicas de saúde e reiterou que verba para o Santa Rita somente quando ele voltar a funcionar da maneira como foi concebido pelo governo federal: sem cobrar aos pacientes.

“Com todo o respeito à administração daquela unidade hospitalar, não consigo entender porque aquele hospital cobra para que as pessoas sejam atendidas. Por esse motivo, decidi trazer dois milhões de reais para as unidades que atendem os pacientes sem nenhum tipo de cobrança. Se o Hospital voltar a atender gratuitamente, eu garanto que irei colocar emendas para eventuais melhorias”, garantiu. Somente para entrar no hospital, os pacientes têm que pagar R$ 90,00. Valor que chega a R$ 120,00, caso a pessoa tenha que usar algum material, como soro, seringa, agulha, por exemplo.

Já nesta terça-feira, 18, a Prefeitura de Palmeira dos Índios assinou um contrato emergencial para ajudar o Santa Rita, cujo convênio, válido por 90 dias, só será renovado se a população palmeirense puder ser atendida de maneira efetiva e gratuita.

Antes de viajar para Brasília, o prefeito Júlio Cezar deixou claro que o convênio definitivo só será formalizado com o atendimento gratuito ao paciente. “A gente não pode permitir que o Hospital cobre da população para receber atendimento médico, embora ele também tenha sido penalizado com o corte de recursos, que foram deslocados para outros  serviços. Mas a população não quer saber disso. Ela quer ser atendida. Como pode o Hospital ser  referência para a região se pratica uma cobrança para atender a população? A gestão é parceira e aliada e temos ajudado o Hospital no que podemos, mas a população precisa ser recebida, se precisar ser atendida lá”, reafirmou.

Júlio Cezar lembrou que a primeira porta de atendimento é a Unidade de Pronto Atendimento, a UPA, mas que as portas do  Hospital têm que estar abertas para o palmeirense. “Sem esse ponto, eu não vou assinar o convênio definitivo com o Hospital”, reafirmou o prefeito.