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Saúde de Palmeira dos Índios vai voltar a ser referência no Estado

01/02/2017
Saúde de Palmeira dos Índios vai voltar a ser referência no Estado
A secretária municipal de Saúde de Palmeira dos Índios, a ex-prefeita de Maceió, Kátia Born, disse que espera fazer com que a saúde da cidade volte a ser referência, como foi nos anos 90. “Palmeira era a segunda cidade do Estado, em termos de referência, perdendo apenas para Maceió e ficando à frente de Arapiraca”, recordou.
Kátia falou sobre a importância da Secretaria na questão da distribuição de água, cuja duplicação foi anunciada esta semana, pelo governador Renan Filho e pelo prefeito Júlio Cezar.  “Não se pode distribuir água sem ser fluoretada. Neste sentido, orientamos nossos agentes de saúde para distribuir hipoclorito em todas as comunidades”, informou.
“Sem água não temos saúde. Temos um grande parceiro, que é o Francisco Beltrão, da Casal, como coordenador desse programa. Nossa prioridade são as crianças, os idosos, o acompanhamento do pré-natal”, adiantou, informando que comunga da intenção do prefeito Júlio Cezar, que é o não pagamento de taxa para que as pessoas tenham acesso ao Hospital Santa Rita. “A Prefeitura vai pagar em dia para que o Santa Rita  volte a funcionar em sua capacidade plena”.
Em relação à preocupação do mosquito aedes aegipty, a secretária adiantou que também já discutiu com os agentes de saúde sobre a importância de manter a cidade limpa. “Temos que fazer um trabalho preventivo, já que as chuvas do final de janeiro se aproximam e, com o lixo nas ruas, isso se torna um grande problema”.
Kátia Born conta que recebeu a Secretaria com vários projetos paralisados. “O Nasf, o Melhor em Casa, entre outros, sem vigorar desde novembro. Estamos abrindo um edital para realizarmos contratos emergenciais. O prefeito conseguiu reduzir o contrato da Upa (que estava paralisada), para 600 mil reais, sem prejudicar os serviços. Além disso, até o final deste mês, as Unidades de Serviço e as especialidades voltarão à normalidade”, comentou. “Os postos de saúde estavam desabastecidos, sem pessoal para fazer o serviço de limpeza; o Centro Especializado de Odontologia estava fechado, os 22 dentistas estavam parados, as especialidades todas paradas, o CAPS sem atendimento, sem alimentação, sem medicamentos, O prefeito optou por fazer contratos de seis meses, para podermos dar andamento aos nossos serviços”, adiantou. “Se a saúde para, alguém morre”, reforçou.
A secretária disse ter sido muito bem recebida pela população, apesar de não ser natural da cidade e disse estar muito satisfeita com o corpo técnico que encontrou. “Estou muito entusiasmada, passei a morar em Palmeira dos Índios e a meus assessores da área técnica são muito eficientes. Nossa intenção é preparar pessoas do município para atuar na saúde. Sou uma servidora pública e faço questão de realizar um trabalho com muita transparência”.
Histórico
Kátia Born Ribeiro é formada em Odontologia pela Universidade Federal de Alagoas. Estreou na política em 1982, elegendo-se vereadora de Maceió pelo PMDB. Na Câmara de Vereadores, onde foi a primeira mulher presidente, atuou para promover a criação da Delegacia da Mulher e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher.
Em 1992, foi nomeada secretária municipal de Saúde. Elegeu-se prefeita em 1996, pelo PSB, sendo a primeira mulher a exercer o cargo na capital alagoana. Foi reeleita em 2000, enfrentando seis candidatos no primeiro turno e vencendo com a maioria no segundo turno, obtendo 61,26% dos votos válidos.
Ao final do segundo mandato, em janeiro de 2005, assumiu a Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas. Nesse período aumentou o número de leitos na UTI neonatal de Arapiraca e Palmeira dos Índios e criou o primeiro núcleo do SAMU no interior, em Arapiraca. Na capital, conseguiu recursos na ordem de R$ 15 milhões para a ampliação do número de leitos na Unidade de Emergência. Na área de saúde mental intensificou a interiorização dos serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos, sendo responsável pela criação nesse período de mais 28 Centros de Atenção Psicossocial.
 Em 2008 assumiu a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, criando a primeira lei de inovação tecnológica de Alagoas.
Comandou a Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos de Alagoas, instalando o serviço Disk 180, que possibilitou a abertura de um espaço de denúncia e orientação para mulheres vítimas de violência em Alagoas.
Recebeu em dezembro de 2015 o Prêmio Pagú durante a realização do 2º Encontro Internacional de Mulheres Socialistas. O prêmio faz referência à escritora, poeta, jornalista e militante Patrícia Rehder Galvão, conhecida como Pagú, a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas.
Como combater
o aedes aegypti
Em relação ao combate ao mosquito aedes aegypti, Kátia Born disse que a Secretaria de Saúde do município permanecerá fazendo um trabalho de conscientização para a limpeza dos reservatórios que estão contaminados e reafirma que o governo estará sempre presente, em qualquer tipo de situação.
No início do mês de novembro, ocorreram mortes no bairro de Palmeira de Fora, após relatos de familiares de que familiares tinham sido hospitalizados com os sintomas da febre Zika, e vieram a óbito.
O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que voa baixo – até dois metros – é comum ele picar nos joelhos, panturrilhas e pés.
Doenças
 A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo.
O vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos os tipos de dengue causam os mesmo sintomas.
Quando uma pessoa é infectada com  um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes.
Embora pareça pouco agressiva, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue, caracterizadas por sangramento e queda de pressão arterial, o que eleva o risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito.
A febre Zika é uma infecção causada pelo vírus ZIKA, transmitida pelo mesmo transmissor da dengue e da febre Chicungunha. Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas da dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. Os sintomas são:
Febre baixa (entre 37,8 e 38,5 graus)
Dor nas articulações (artralgia), mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço
Dor muscular (mialgia)
Dor de cabeça e atrás dos olhos
Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés.