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Nutricionista da Sesau explica qual a alimentação adequada para o Carnaval

20/02/2017
Nutricionista da Sesau explica qual a alimentação adequada para o Carnaval

O Carnaval está chegando. É tempo de alegria e de brincadeira, tanto para quem vai sambar na avenida, como para aqueles que preferem se divertir nos blocos de rua, nos salões e nos trios elétricos. Apesar de ser um momento de descontração, um descuido, principalmente com a alimentação, pode acabar com a festa, segundo alerta a nutricionista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Priscila Bernardo.

 

Para não cair na armadilha da má alimentação e ter que parar a brincadeira por causa de uma infecção intestinal, uma desidratação, indisposição e até uma ressaca, algumas recomendações simples podem ajudar, de acordo com a profissional. “Pode até parecer exagero, mas uma boa alimentação nesse período, que é quase uma maratona para alguns, faz toda a diferença para não perder o pique da folia”, salientou.

 

Segundo Priscila Bernardo, no café da manhã, que é uma das refeições mais importante do dia, a dica é ingerir pão ou cereais integrais (aveia, granola, batata e macaxeira). Eles devem estar acompanhados de queijos magros, iogurtes, frutas da época e, para beber, suco natural ou vitamina adoçada com açúcar mascavo. “Cuidar da alimentação se torna imprescindível para garantir o pique durante toda a folia”, recomenda.

 

Na hora do almoço e jantar, é indicado optar por uma refeição mais leve, sem frituras, molhos incrementados e alimentos gordurosos, destaca a nutricionista da Sesau. “As melhores opções são frango ou peixe, acompanhado de uma salada colorida e arroz integral. Vale ressaltar que, durante os quatro dias de folia, as pessoas perdem líquido e gastam muita energia, seja em razão do calor e da atividade física intensa, como danças e longas caminhadas para acompanhar os trios e blocos”, pontua.

 

Por conta disso, orienta Priscila Bernardo, a regra básica é tomar muito líquido e manter o corpo hidratado com água, sucos de frutas e água de coco. Para aqueles que não dispensam bebidas alcoólicas, ela recomenda que o ideal é intercalar um suco ou uma garrafinha de água entre um copo e outro, e evitar estômago vazio, comendo a cada três horas pequenas porções.

 

“Faça uma refeição leve antes de ingerir bebidas alcoólicas e intercale seu consumo com água, água de coco e sucos de frutas cítricas naturais. Essa atitude ajudará evitar os malefícios causados pela bebida e a desidratação do organismo”, recomenda Priscila. A quantidade ideal é a ingestão de pelo menos dois litros de líquido por dia.

 

Preocupação, nunca é demais – A psicanalista Rita de Cássia, de 54 anos, costuma passar o Carnaval nas ladeiras de Olinda e nas ruas do Recife Antigo. Acompanhada do marido e os dois filhos, ele está em Pernambuco todos os carnavais, mas, não descuida da alimentação durante os quatros dias de festa.

 

“Como foliã perco bastante líquido e gasto muita energia por causa dos embalos do ritmo do frevo e das altas temperaturas. Por isso, procuro manter o corpo sempre hidratado. Gosto de beber uma cervejinha, mas intercalo com a água mineral, pois acho indispensável”, diz.

 

Na hora de comer, ela prefere restaurantes que ofereçam uma alimentação leve e balanceada. “Esses locais me deixam mais tranquila em relação aos petiscos preparados em ‘barraquinhas’, principalmente quando não há acondicionamento térmico, visto que eles podem levar a uma intoxicação alimentar. Gosto de me alimentar corretamente e aproveitar os dias de folia sem maiores surpresas”, contou ela, que não vê a hora de cair na festa.

 

Pequenos Lanches – De acordo com a nutricionista da Sesau, levar lanches caseiros para a folia é uma forma de manter a alimentação saudável, alheia aos tentadores petiscos e sorvetes vendidos durante os quatro dias de festa. Porém, são necessários certos cuidados com os alimentos, que devem ser adotados antes de sair de casa e também ao chegar ao litoral, visando conservá-los de forma adequada, evitando problemas como a intoxicação alimentar.

 

Para impedir qualquer tipo de mal-estar, a dica é prestar atenção na composição do quitute e em sua necessidade de refrigeração. Isso porque, os lanches levados à praia devem ser conservados da mesma forma como ficam em casa. O que será consumido até uma hora, após sair de casa, precisa ser armazenado em bolsas térmicas, que mantenham a temperatura. Os líquidos gelados ou quentes podem ser levados em garrafas térmicas. Entretanto, a forma de armazenamento muda se a “boquinha” for feita ao longo do dia.

 

“Se o consumo ocorrer mais de uma hora depois de sair de casa, os alimentos devem ser armazenados em um isopor com gelo”, aconselha a nutricionista. Porém, é necessário ficar atento, pois, após o derretimento total do gelo, a refrigeração não é completa, alerta a nutricionista da Sesau.

 

Quem não quer ter trabalho, também pode apostar em alimentos pouco biodegradáveis. Bons e saborosos exemplos são as frutas, barrinhas de cereais sem chocolate, biscoitos integrais e alimentos caseiros que possam ser consumidos em temperatura ambiente. “Eles podem ser carregados em sacolas, potes ou vasilhas. Contudo, depois de abertos, alimentos como os biscoitos devem ter a embalagem fechada hermeticamente e consumidos em até três dias”, ressalta Priscila  Bernardo.