Geral

Ministério da Saúde divulga nota registrando dois casos suspeitos de febre amarela em Alagoas

08/02/2017
Ministério da Saúde divulga nota registrando dois casos suspeitos de febre amarela em Alagoas
Sesau garante que Alagoas ainda é área sem recomendação de vacinação (Foto: diariodegoias)

Sesau garante que Alagoas ainda é área sem recomendação de vacinação (Foto: diariodegoias)

Alagoas já aparece como um dos estados que notificaram casos suspeitos de febre amarela, segundo números atualizados divulgados nesta segunda-feira, 07 pelo Ministério da Saúde. Em face disso, a Secretaria da Saúde divulgou nota sobre a situação de Alagoas, informando que encaminhou ao Ministério notificação de dois casos suspeitos este ano de pessoas que vieram ou viajaram para outras regiões do País. Na nota, a Sesau ressalta que os dois casos notificados estão em situação de investigação com a coleta de amostras de sangue, aguardando resultados, situação que não permite a classificação conclusiva dos casos.

A Sesau esclarece que não há caracterização de que o Estado seja área de circulação do vírus da febre amarela, ou seja, não há municípios classificados como “região afetada” ou “região ampliada”.  A febre amarela é uma doença endêmica e que há circulação do vírus de forma permanente em várias regiões do País, em razão da manutenção do ciclo de transmissão silvestre no qual estão envolvidas diferentes espécies de mosquitos. Na região Nordeste, os mais importantes são os do gênero Haemagogus e Sabethes, que atuam como vetores do vírus para primatas não humanos (PNH), representando os principais hospedeiros e amplificadores dos vírus.

“Com isso, é importante deixar claro que a VIGILÂNCIA da febre amarela em qualquer lugar do País é atividade permanente dos órgãos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) e o surgimento de qualquer suspeita clínica pelos profissionais é imediatamente notificada como CASO SUSPEITO, desde que atenda aos critérios de suspeição, exigindo a adoção das medidas de investigação de praxe, orientadas pelo Ministério da Saúde (MS), vez que é um problema que ultrapassa fronteiras.

Critérios de suspeição da febre amarela – É a pessoa que apresenta quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado, residente ou procedente de área de risco para a doença ou proveniente de locais com registro de epizootia confirmada em primatas não humanos ou com isolamento de vírus em mosquitos vetores.

Em função disso, a Sesau vem divulgando notas informativas, no portal www.saude.al.gov.br, sobre a situação, a partir de janeiro deste ano, bem como sobre as condutas que devem ser adotadas relativas ao manejo do paciente, coleta de amostra para exames e bloqueio na área onde o paciente com suspeita da doença esteve nos últimos dias, visando avaliar possíveis focos do vetor transmissor na área urbana (o Aedes aegypti). Além disso, vêm sendo investigados todos os rumores de morte de primata não humano (macacos e saguis).

A Sesau, em conjunto com os municípios, mantém-se em situação de alerta, orientando e solicitando que todo caso suspeito deva ser comunicado de imediato, por telefone ou e-mail, ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS por meio do plantão 24 horas, de domingo a domingo e cujos contatos os serviços de saúde possuem. Ressalta, ainda, que a notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) deve ser feita pelo profissional de saúde, por meio do preenchimento da Ficha de Investigação de Febre Amarela. A notificação no Sinan permite a visualização do caso suspeito por todas as instâncias do SUS, não havendo possibilidade de sonegação ou sigilo para a informação.

Ainda segundo a Sesau, Alagoas é área sem recomendação de vacinação, significando que a vacina não faz parte do calendário básico de rotina dos serviços de saúde, estando disponível em determinadas unidades de saúde e deve ser buscada somente quando a pessoa (criança ou adulto) dirigir-se às áreas endêmicas, seja para residir, seja em viagem.

Nesses casos, a pessoa deve tomar a vacina dez (10) dias antes da viagem, apresentando a comprovação do deslocamento para a “região afetada” ou “região ampliada”, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, que Áreas Com Recomendação de Vacinação (ACRV). Após a vacinação, é fornecido o Cartão Nacional de Vacinação, que deve ser conservado como documento pessoal.