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TAP é investigada na Espanha por voar com combustível abaixo do mínimo

02/12/2016
TAP é investigada na Espanha por voar com combustível abaixo do mínimo

A pratica de voar sem combustível suficiente para qualquer imprevisto como aconteceu com a aeronave que levava a equipe da Chapecoense para a Colômbia também é adotada por grandes empresas, como a TAP.

A companhia portuguesa é investigada na Espanha por ter pedido prioridade numa aterragem em Santiago de Compostela por emergência de combustível, num voo Funchal-Porto. A TAP nega, no entanto, a acusação. Por mal tempo e más condições de visibilidade a aeronave não pode descer em Porto e seguiu mais para o norte de Portugal.

Segundo a Agência Lusa, uma fonte garantiu que “a declaração de emergência de combustível foi declarada por imposição legal”, já que “é obrigatório sempre que qualquer voo preveja aterrar com combustível abaixo de 30 minutos de voo” e que a aeronave aterrou com combustível para voar mais 29 minutos.

Mas, de acordo com a Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil espanhola, “uma vez em contato com aproximação a Santiago [de Compostela] a tripulação declarou ‘mayday’ por emergência de combustível, uma vez que a estimativa de gestão de combustível indicava que iam aterrar com uma quantidade abaixo dos 989 quilogramas estabelecidos no plano de voo operacional como reserva final”.

Chapecoense

Segundo a Aeronáutica colombiana, o avião da LaMia que levava os jogadores e dirigentes da Chapecoense, jornalistas e convidados da Bolívia para Medillín, na Colômbia, não tinha combustível no momento da queda.

O plano de voo chegou a ser recusado por uma funcionária responsável a autorizar a decolagem por ter dúvidas de que o combustível seria suficiente para fazer o trajeto. De acordo com as estimativas apresentadas no documento, o avião levava combustível para 4 horas e 22 minutos, exatamente o tempo previsto para a viagem entre Santa Cruz e Medellín, na Colômbia. As regras internacionais de aviação estipulam que um avião deve transportar sempre mais 10% de combustível do que o estimado para a viagem, ou o suficiente para voar durante mais 45 minutos do que o tempo previsto.

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