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Pequim restaura muralha da Cidade Proibida, que corre risco de queda
Os trabalhos de restauração de urgência da muralha exterior da Cidade Proibida de Pequim, o antigo palácio dos imperadores chineses, começaram diante do risco de que algumas partes mais deterioradas caiam, informou nesta segunda-feira (28) a imprensa estatal.
As obras começaram no último sábado e devem continuar até outubro de 2020. O objetivo é recuperar algumas partes que, com o passar do tempo e a incidência climática, se encontram em mau estado, embora uma restauração superficial realizada há quase duas décadas tenha ocultado algumas falhas.
Segundo o curador do Museu do Palácio, nome oficial da Cidade Proibida, Shan Jixiang, o muro exterior da estrutura, que mede 3,4 quilômetros de perímetro, sofre de graves problemas como tijolos em péssimo estado, fendas e afundamentos em alguns lances, que requerem uma intervenção urgente.
O professor Tian Lin, da Universidade de Engenharia Civil e Arquitetura, afirmou ao jornal “Global Times” que a mudança climática e a chuva ácida podem ter contribuído para a deterioração da estrutura do palácio, junto com fatores naturais, como a pressão de raízes e ervas no muro.
A área mais deteriorada é a muralha ocidental, na região chamada Xihuamen, uma seção de 233 metros que é o ponto de partida das obras de recuperação.
Para a restauração, serão usados radares capazes de penetrar no subsolo, a fim de identificar as zonas em maior risco e depois realizar obras de substituição dos tijolos em mal estado e o reforço dos muros com uma camada isolante da chuva.
Os muros da Cidade Proibida, que em 2020 completarão seis séculos, têm 9,3 metros de altura, 8,5 metros de espessura, e já foram submetidos às primeiras obras de reforço de sua estrutura nos séculos XVII e XVIII, com um núcleo de adobe rodeado de tijolos.
Em 1988, a seção setentrional da muralha exterior caiu, e entre 1999 e 2000 houve uma restauração parcial da estrutura, mas apenas em nível superficial.
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