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Fiea reúne dirigentes da Anoreg e construção civil para mediar entendimento sobre taxas cartoriais

14/07/2016
Fiea reúne dirigentes da Anoreg e construção  civil para mediar entendimento sobre taxas cartoriais
Presidente da Anoreg considerou a reunião positiva e manifestou confiança de que, no diálogo, será encontrada uma solução favorável aos dois segmentos.

Presidente da Anoreg considerou a reunião positiva e manifestou confiança de que, no diálogo, será encontrada uma solução favorável aos dois segmentos.

Em junho último, a Associação dos Notários e Registradores de Alagoas (Anoreg/AL) conquistou um de seus principais pleitos: a recomposição da tabela de emolumentos. O aumento de 30% foi aprovado pelo Tribunal de Justiça (TJ/AL). Segundo o presidente da entidade, Rainey Marinho, os novos valores seguem a média das taxas cobradas na região Nordeste.

Mas o reajuste dos valores trouxe prejuízo à indústria da construção civil e, consequentemente, ao mercado imobiliário. “É um aumento elevado, num momento de crise econômica. Traz prejuízo para as empresas e para o consumidor”, disse o presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon/AL), Alfredo Brêda.

As duas situações foram a razão do encontro que o presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade, promoveu na manhã desta quinta-feira, 14, na sede da entidade. “Estamos mediando o diálogo em busca de proposta que atenda aos interesses das duas partes”, disse Lyra, que reuniu na Fiea, além de Marinho e Brêda, o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi/AL), Paulo Malgueiro, o deputado Sérgio Toledo e o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/AL), Fernando Dacal.

As duas partes discutiram os problemas que afetam seus interesses, com argumentos técnicos baseados nos resultados para cada setor. O presidente Alfredo Brêda disse que o reajuste dos emolumentos (taxas cobradas pelos serviços de cartório) onera o preço dos imóveis. Por sua vez, o presidente da Anoreg, Rainey Marinho, argumentou que não foi um aumento, mas a recomposição dos valores que estavam defasados há mais de 10 anos.

Ao final de quase duas horas de conversa, as partes chegaram a um entendimento. As entidades da construção civil e do mercado imobiliário vão apresentar suas reivindicações com propostas do que pode ser modificado. “Acreditamos que é possível encontrar, nos próprios atos cartoriais, meios de reduzir o peso desse aumento”, disse o presidente do Sinduscon.

Já o presidente da Anoreg considerou a reunião positiva e manifestou confiança de que, no diálogo, será encontrada uma solução favorável aos dois segmentos. “Parabenizo o dr. José Carlos pela iniciativa de nos reunir nesse debate. Ele que sempre interfere nas questões de interesse econômico do Estado de modo equilibrado e responsável”, afirmou Rainey Marinho.

Ao final da reunião, da qual participaram ainda o vice-presidente da Fiea, José da Silva Nogueira Filho, ficou acertada uma nova rodada de negociação para o dia 27 próximo.