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Argentina reencontra seu “freguês de carteirinha” para evitar outro trauma

23/06/2016
Argentina reencontra seu “freguês de carteirinha” para evitar outro trauma
Sánchez, de cavadinha, cobra o último pênalti da série entre Chile e Argentina, em 2015 (Foto: Agência Reuters)

Sánchez, de cavadinha, cobra o último pênalti da série entre Chile e Argentina, em 2015 (Foto: Agência Reuters)

Os números são expressivos. De 85 jogos entre Argentina e Chile na história, 57 terminaram com vitória dos argentinos, representando 67% do total, contra 22 empates (26%) e apenas seis triunfos chilenos (7%). É uma “freguesia de carteirinha”, como se costuma dizer, mas que causou um doloroso trauma à seleção de Lionel Messi há um ano – curiosamente, após um empate. Os dois se reencontram neste domingo, em Nova Jersey, às 21h (de Brasília), para decidir quem será o campeão da Copa América Centenário, depois de a Roja passar pela Colômbia, na última quarta-feira, em Chicago

A Argentina quer evitar o cenário repetido de 2015, quando criou mais oportunidades ao longo dos 120 minutos, não aproveitou, e acabou perdendo o título nos pênaltis, por 4 a 1, em Santiago. Para se ter dimensão daquela final, foi a primeira conquista da história do Chile, enquanto os hermanos aumentaram para 23 os anos sem um troféu.

A última vitória da Roja aconteceu em 2008, nas eliminatórias para a Copa do Mundo da África do Sul: 1 a 0, gol de Orellana. Foi a única vez efetivamente em que os chilenos derrotaram seus vizinhos em 90 ou 120 minutos nos últimos 30 jogos – desde 1974, com 18 vitórias da Argentina e mais 11 empates.
Em 2016, dois encontros: pelas eliminatórias, em março, a Argentina fez 2 a 1 em Santiago (gols de Di María e Mercado) e repetiu o placar em Santa Clara, na estreia de ambos no Grupo D (gols de Di María e Banega). Especialmente no último jogo, a superioridade dos argentinos foi notória, embora seja necessário reconhecer o crescimento do Chile, que chegou a aplicar 7 a 0 no México na sua caminhada até Nova Jersey.

– Vai ser diferente das duas vezes que enfrentei a Argentina. Essa é a primeira final contra eles (Jorge Sampaoli era o treinador em 2015). A outra foi pelas eliminatórias e agora na fase de grupos. Isso não tira a dificuldade, mas o planejamento será considerando essa situação – disse o técnico Juan Antonio Pizzi.