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Facebook é investigado na Alemanha por operar como um cartel

02/03/2016
Facebook é investigado na Alemanha por operar como um cartel
(Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)

Parece que não é só no Brasil que o Facebook enfrenta problemas com as autoridades. Um órgão regulador de serviços de comunicação da Alemanha deu início a uma investigação que tem como objetivo descobrir se a rede social de Mark Zuckerberg está operando no país como um cartel.

Andreas Mundt, porta-voz do governo alemão, disse que há indícios de que o Facebook está infringindo as leis do país ao monopolizar uma fatia do mercado (neste caso, o publicitário), já que é dono de uma quantidade muito grande de dados e estatísticas de comportamentos de consumidores. O Bundeskartellamt, regulador de mercado alemão, é o principal condutor das investigações.

“Para serviços de internet financiados por publicidade, como o Facebook, dados de usuários são extremamente importantes”, disse Andreas em comunicado. “Por essa razão, é essencial examinar, sob o aspecto de abuso de poder de mercado, se os consumidores são suficientemente informados ou não sobre o tipo e a extensão dos dados que são coletados.”

O Bundeskartellamt diz estar trabalhando em conjunto com outras agências regulatórias na União Europeia, o que pode fazer com que o Facebook seja punido em multas, sanções ou até ordens de revogação de alguns serviços em diversos países da Europa, caso seja condenado. Em comunicado, a rede social disse estar “confiante de que compactua com a lei alemã” e que “espera poder cooperar com o governo no esclarecimento de qualquer questão”.

Outros problemas

Não é este o primeiro intempérie enfrentado pelo Facebook na Alemanha. No início desta semana, a empresa foi multada em 100 mil euros em um processo que a acusava de não informar seus usuários corretamente sobre a quem pertence o conteúdo que circula no feed de notícias. O presidente da divisão europeia da empresa também foi levado a um tribunal, em novembro do ano passado, por “permitir a circulação de posts racistas”.