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Wikileaks revela espionagem dos EUA a Netanyahu, Berlusconi e Ban Ki-moon

23/02/2016
Wikileaks revela espionagem dos EUA a Netanyahu, Berlusconi e Ban Ki-moon
Netanyahu foi um dos espionados pelos EUA, revela Wikileaks (Agência Efe)

Netanyahu foi um dos espionados pelos EUA, revela Wikileaks
(Agência Efe)

O site Wikileaks publicou na segunda-feira (22/02) novos documentos que revelam a que a NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) espionou líderes mundiais como o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu; o ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi; e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enquanto este se encontrava com a chanceler alemã Angela Merkel.

De acordo com o Wikileaks, uma conversa entre Netanyahu e Berlusconi também foi monitorada, assim como um encontro entre responsáveis de comércio do alto escalão da União Europeia (UE) e do Japão, e em uma reunião privada entre Berlusconi, Merkel e o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy.

Nos documentos obtidos pelo Wikileaks, Merkel e Ban conversam sobre como lutar contra a mudança climática, Netanyahu pede a Berlusconi ajuda para lidar com o governo dos EUA liderado pelo presidente Barack Obama, e Sarkozy alerta ao ex-primeiro-ministro da Itália sobre os perigos do sistema bancário de seu país.

“Será interessante ver a reação da ONU, já que se o secretário-geral pode ser um alvo [da espionagem dos EUA] sem nenhuma consequência, então qualquer um, desde um líder mundial a um varredor de rua, estaria em risco”, disse Assange.

Roma informou nesta terça-feira (23/02) que convocou o embaixador dos Estados Unidos, John Phillips, para dar explicações sobre a suposta espionagem. A reunião servirá para “esclarecer as indiscrições publicadas por alguns meios de comunicação segundo as quais o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi e alguns de seus mais estreitos colaboradores teriam sofrido escutas telefônicas em 2011”, precisou o governo italiano em comunicado.

O Wikileaks passou a estampar as manchetes dos jornais entre julho e outubro de 2010 após publicar documentos secretos da guerra do Afeganistão (2001) e da segunda Guerra do Iraque (2003), a partir de vazamentos fornecidos pela soldado americana Chelsea Manning.