Cidades

Palmeira dos Índios adota ações inovadoras contra o Aedes Aegypti

28/12/2015
Palmeira dos Índios adota ações inovadoras contra o Aedes Aegypti

 

No combate à dengue, Palmeira adota peixe que se alimenta das larvas do transmissor (Foto: Reprodução/Internet)

No combate à dengue, Palmeira adota peixe que se alimenta das larvas do transmissor (Foto: Reprodução/Internet)

Desde que o mosquito do Aedes aegypti começou a preocupar a população, há 30 anos, o município de Palmeira dos Índios tem trabalhado constantemente na busca por prevenção e combate ao vetor. Os trabalhos são intensos e perduram por todo o ano, sem interrupções, por equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com apoio de outros órgãos da Prefeitura. 

Com o aumento dos casos de zica e febre chicungunya, os trabalhos de mutirões foram intensificados. Além do uso comunal do larvicida e do carro fumacê, a SMS inovou na campanha de combate ao mosquito e adotou diversas estratégias para evitar a proliferação. 
Um das estratégias permanentes e que vem refletindo em resultados positivos é o uso dos peixes lavórfagos, que se alimentam dos ovos e larvas presentes nos depósitos e reservatórios de água. Diversas residências palmeirenses já receberam este tipo de peixe, medida que tem ajudado a diminuir os números de focos do mosquito. 
Outra estratégia que passou a ser utilizada é a armadilha chamada de “ovitrampas”. Ela simula o ambiente perfeito para a procriação do mosquito. Um vaso de planta preto é preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito. Nele, os agentes de endemias inserem uma palheta de madeira, que facilita que a fêmea do ponha seus ovos. Dentro do recipiente, é colocada uma substância larvicida. Assim é possível observar a quantidade de mosquitos naquela região e acelerar as ações de combatem sem que o inseto se desenvolva.Outros estados brasileiros também têm usado esse paliativo como forma de combate e prevenção.
Só nos primeiros experimentos realizados em Palmeira dos Índios, entre o final de novembro e começo de dezembro, foram capturados 1.370 ovos da fêmea do mosquito. O titular da SMS, Glifson Magalhães, destaca a importância do uso da armadilha no município e comemora os resultados obtidos.
“São 1.370 ovos, 1.370 mosquitos fora de circulação. É um número baixo, realmente, mas estamos percebendo os resultados positivos e é isso o que estamos buscando. São novas alternativas para acabar de vez com esse mosquito em nosso município. Estamos vivendo uma epidemia nacional, situação de emergência mesmo e contamos com o apoio e ajuda de toda a população nessa luta, que não é problema só da saúde pública, é de todos”, reforça Magalhães.
A SMS também tem contado com a implantação de novas tecnologias. Agora, além dos agentes de saúde, os agentes de endemias de Palmeira dos Índios estão fazendo uso de tablets como ferramenta de trabalho para ajudar no mapeamento das áreas de risco do município, utilizando o sistema AtendSaúde. Alagoas, Pernambuco e Sergipe são os estados que têm feito uso desse tipo de tecnologia no combate à dengue e outras doenças.
As medidas tradicionais também continuam sendo tomadas, como a aplicação do larvicida periodicamente nas residências, o uso do carro fumacê diariamente pelos bairros e os constantes mutirões de prevenção. A SMS e o Ministério Público Estadual, agora numa grande parceria, tèm realizado notificações a fim de punir aqueles que não estão de acordo com as determinações do poder público.
Glifson Magalhães reforça que é necessário que a população tenha consciência das consequências que essas doenças trazem para a saúde. “Apenas o poder público não é capaz de combater o mosquito sozinho, é necessário um trabalho em conjunto para assim, não deixar o mosquito se proliferar”, completou o secretário de Saúde de Palmeira dos Índios.