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Exemplo de Pilar é espelho para outros municípios

10/05/2015
Exemplo de Pilar é espelho para outros municípios

Integração de forças em Pilar já traz bons frutos.  (Foto: Paulo Rios/Arquivo)

Integração de forças em Pilar já traz bons frutos.
(Foto: Paulo Rios/Arquivo)

A política de segurança pública adotada pelo governo do Estado para combater a criminalidade em Alagoas já começa a surtir efeito em algumas regiões. Há um pouco mais de um ano, Pilar, por exemplo, figurava como a cidade mais violenta do Brasil e uma das mais perigosas do mundo, em termos proporcionais. Atualmente o município registrou apenas um homicídio em mais 120 dias.
A metodologia utilizada pela Secretaria de Estado da Defesa Social e da Ressocialização está baseada na união entre os poderes e instituições com uma meta em mente: trabalhar juntos para reduzir a violência e fornecer essencialmente a sensação de segurança à população. Segundo o governador Renan Filho, as decisões passaram a ser tomadas em conjunto, respeitando a independência de cada uma das instituições da segurança pública.
Em Pilar, ações integradas entre o Ministério Público Estadual e Poder Judiciário, associadas a toda cúpula de Segurança Pública do Estado reduziram o crime e aumentaram a credibilidade das entidades, antes encobertas pelo manto sujo da impunidade.
Segundo o promotor Jorge Dória, responsável pela comarca de Pilar, há dois anos, a média de homicídios da cidade era de 10 a 12 assassinatos por mês. Esses crimes ficavam impunes, acumulando nos últimos cinco anos mais de 300 inquéritos sem qualquer apuração.
“Em função desta triste realidade, onde os crimes não eram apurados, a situação entre pilarenses era de incredibilidade total no poder público. Então, fizemos o que o secretário Alfredo Gaspar de Mendonça vem fazendo em todo Estado, unindo as forças” declarou o representante do órgão ministerial.
De acordo com a tese do promotor, o que estava faltando era o alinhamento das ações necessárias para mobilizar as polícias Militar e Civil, o Judiciário e o Ministério Público, criando uma articulação mútua de combate ao crime.
“Eu tinha uma tese que foi comprovada agora, que quando se quer fazer alguma coisa, se faz! Ou seja, havia uma grande desarticulação entre os órgãos e a polícia. Assim, com a interação entre as forças policiais, da justiça e do Ministério Público Estadual, ligados a valorização profissional o ciclo vicioso da impunidade, em Pilar, foi quebrado”, disse o promotor Jorge Dória.
O juiz Adriano Augusto, o promotor Jorge Dória, o subcomandante do 8° Batalhão da Polícia Militar, capitão Fabiano Rocha, além do delegado Leonan Pinheiro, realizam reuniões periódicas para traçar estratégias a serem executadas durante a semana.
De acordo Dória, a partir de informações levantas pelo Centro de Denúncias da PM no município, algumas situações são monitoradas e uma equipe de articulação é montada para investigar, se necessário, prender e, consequentemente, punir o criminoso.
“Graças à dinâmica que foi implantada na comarca, com ações mais proativas tanto das instituições da Justiça, Ministério Público, quanto das forças policiais foi possível realizar várias prisões de traficantes e homicidas na região. A população vê o resultado da denúncia e passa a colaborar muito mais, e, assim, podemos combater o crime juntos com a comunidade”, emendou Jorge Dória.
O promotor disse ainda que comarcas em outras cidades estão se articulando para adotar as mesmas medidas implantadas em Pilar. A expectativa do Governo é que o comprometimento das entidades de segurança pública possa alinhar suas ideias e os resultados positivos possam sejam expandidos para todos os municípios do estado.