Professora Ana Carolina Rocha amamenta a filha Helena de 11 meses Foto: Thiago Sampaio

  De forma pioneira em Alagoas, a Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal), inaugurou no último dia 27, a Sala de Apoio à Amamentação. A viabilização do espaço, resultado de uma determinação do Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), é uma opção criada para que as mães possam amamentar seus filhos no próprio ambiente de trabalho.
A ação tem como principal objetivo fazer com que o retorno das mães às suas atividades não se torne um momento difícil, não atrapalhe o período de amamentação recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), bem como preserve o vínculo afetivo com os seus filhos.
“Ficamos muito satisfeitos em sermos os primeiros a ofertar tal serviço, que sem dúvida irá facilitar a vida de muitas das mães que aqui trabalham. Agora, estamos fortalecendo os trabalhos de divulgação dentro da Uncisal, com panfletos e cartazes, para que o serviço seja cada vez mais bem aproveitado na instituição”, explicou a coordenadora do Núcleo de Saúde Materno Infantil e do Adolescente da Uncisal, Adriana Melo.
Além do espaço para amamentação, a Sala de Apoio também oferta às mães a possibilidade do estoque de leite para o consumo posterior dos seus filhos e para doação. Mãe da pequena Helena, de apenas 11 meses, a professora do curso de Fonoaudiologia da instituição, Ana Carolina Rocha, elogiou o espaço e comemorou a novidade.
“A Helena é a minha segunda filha e, felizmente, está sendo possível desfrutar deste novo serviço. Antes, era preciso amamentar no próprio consultório, algo que se tornava incômodo. O leite estocado tinha que ficar na geladeira e não havia tantos espaços. Agora, amamentamos com mais tranquilidade, em um espaço próprio, inclusive com a possibilidade do local para armazenamento exclusivo do leite materno”, afirma.
A recomendação do Ministério da Saúde e da OMS é que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis primeiros meses de vida do bebê e a amamentação até os dois anos de idade ou mais. Uma pesquisa divulgada em 2009, feita pelo Ministério da Saúde, mostrou que 34% das mães com bebê menor de um ano e que trabalham fora de casa não amamentam mais a criança. Já no caso das mães que não trabalham fora, esse índice é menor, de 19%.