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Fapeal financia pesquisas para o Canal do Sertão

12/03/2014
Fapeal financia pesquisas para o Canal do Sertão

    reuniaofapealAs três propostas selecionadas pelo Edital Canal do Sertão, lançado pelo Governo de Alagoas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeal), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), tiveram os termos de outorga dos recursos assinados na manhã desta quarta-feira (12), na Sala da Presidência da fundação.
Ao todo, serão repassados R$ 739.945,00 para projetos de apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação voltados para a região do semiárido e que serão executados por universidades e outros órgãos de pesquisa. Após a assinatura dos termos, a presidenta da Fapeal, Janesmar Cavalcanti, informou aos coordenadores detalhes sobre os procedimentos para a liberação dos recursos e ressaltou a necessidade de uma prestação de contas eficiente e dentro do prazo.
“Estamos lidando com recursos públicos e precisamos estar atentos à responsabilidade de conduzir o processo obedecendo aos parâmetros exigidos pela lei”, salientou. Os projetos serão executados no período de doze meses, podendo ser prorrogado por igual período. Nas próximas semanas, as equipes de pesquisadores realização uma visita à região que margeia o Canal do Sertão.
Os trabalhos serão realizados em rede, com equipes multidisciplinares que incluem estudantes, pesquisadores e profissionais. “O objetivo é envolver o maior número de entidades, com integração entre as instituições, mesclando as equipes, capacitando e treinando novos profissionais”, destacou o coordenador do Edital, Antônio Santiago.
Para João Gomes da Costa, pesquisador da Embrapa e coordenador do projeto “Desenvolvimento de um sistema integrado lavoura x pecuária x floresta para as condições do semiárido alagoano”, o maior desafio é engajar todos os participantes para que o resultado seja positivo. “Com todos trabalhando integrados os resultados favorecerão o desenvolvimento do Estado”, acredita.
Já para Stoécio Maia, representante do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e coordenador do projeto “Indicadores de uso do solo para a região do Canal do Sertão no Semiárido alagoano: vulnerabilidade ao aquecimento global”, o grande diferencial do Edital é a utilização do capital humano.
“Entendemos que o importante é o trabalho do recurso humano. Por isso a prioridade é o trabalho realizado por bolsistas, pesquisadores e profissionais recém-formados, englobando inclusive o pessoal da iniciação científica”, destacou.
As pesquisas serão realizadas ao longo de toda a extensão do Canal, que será de 250 km quando concluído, e irão contribuir diretamente para o processo de interiorização do conhecimento. “Esse aspecto é importante para que se mantenha o homem do campo no seu habitat e com uma atividade rentável. O projeto viabiliza inclusive a chegada e instalação de grandes empresas na região”, apontou Dácio Rocha, representante da Universidade Estadual de alagoas (Uneal) e coordenador do projeto “Sistema de irrigação automático e autossustentável para a região do semiárido alagoano que margeia o Canal do Sertão”.
Participaram da reunião a diretora científica Mônica Melo; Rilton Soares, chefe do Núcleo de Planejamento, Orçamento, Finanças e Contabilidade; Beatriz Oliveira, chefe de gabinete e Tatyana Marinho, coordenadora de Formação em Recursos Humanos em Ciência e Tecnologia. Eles explicaram os procedimentos para compra de equipamentos, seleção de bolsistas e prestação de contas.