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Projeção de IPCA 2019 sai de 3,84% para 3,86% e segue em 3,75% em 2021, diz Focus

16/12/2019

Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2019. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 16, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,84% para 3,86%. Há um mês, estava em 3,33%. A projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,60%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

No início de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,51% em novembro. No ano, a taxa acumulada é de 3,12% e, em 12 meses até novembro, de 3,27%.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2019 está em 4,0%. No caso de 2020, está em 3,5% e, para 2021, em 3,4%.

No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 seguiu em 3,95%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 3,50%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,36% e 3,55%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, ante 3,70% de um mês atrás. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,63%, ante 3,50% de quatro semanas antes.

Últimos 5 dias úteis

A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos cinco dias úteis foi de 3,86% para 3,92%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 38 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,35%.

No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos cinco dias úteis foi de 3,61% para 3,60%. Há um mês, estava 3,58%. A atualização no Focus foi feita por 37 instituições.

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em dezembro de 2019, de alta de 0,70% para 0,72%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,35%.

Para janeiro, a projeção no Focus seguiu em alta de 0,40% e, para fevereiro, foi de alta de 0,42% para 0,43%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,38% e 0,42%, respectivamente.

No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,90% para 3,89% de uma semana para outra – há um mês, estava em 3,60%.

Preços administrados

O relatório do BC indicou leve alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 5,10% para 5,11%. Para 2020, a mediana seguiu em alta de 4,00%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,75% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,05% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,2% em 2019 e 4,0% em 2020. Estes porcentuais serão atualizados nesta terça-feira, 17, quando ocorre a divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).

IGP-M

O Relatório Focus também mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2019 passou de 5,79% para 6,03%. Há um mês, estava em 5,45%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,14% para 4,17%, ante 4,07% de quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Autor: Fabrício de Castro
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