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“Foi crime ambiental”, afirma Comissão da OAB/Arapiraca sobre vazamento de óleo nas praias

23/10/2019
“Foi crime ambiental”, afirma Comissão da OAB/Arapiraca sobre vazamento de óleo nas praias
Durante aula para s acadêmicos de Direito do IESC, a *Comissão de Meio Ambiente da OAB/Arapiraca* comentou sobre o vazamento de óleo nas praias do Nordeste, que foi classificado como o acidente ambiental de maior extensão no litoral brasileiro. As integrantes da comissão Williane Ingrid, Renata Ramos e Renata Maurício  foram convidadas pela professora Nielle Barros para falar sobre crimes ambientais, sustentabilidade e consciência ambiental.
O vazamento de óleo nas praias foi o principal assunto debatido com os estudantes. “A única questão a ser discutida é de quem é a responsabilidade, quem é o criminoso por trás da ação. Para que seja possível, por meio disso, punir, multar e tentar recuperar o meio ambiente afetado, embora este último seja muito difícil”, afirmou, Williane Ingrid.
De acordo com Renata Ramos, as últimas atualizações do desastre apontam mais de 2.200 quilômetros de manchas de óleo no litoral do Nordeste,que já atingiram 200 municípios. “Já foram retiradas 900 toneladas de petróleo das praias. Pescadores e a sociedade civil estão usando as próprias mãos para limpar a praia, sem usar equipamentos de proteção e correndo o risco de intoxicação para tentar salvar o meio ambiente”, declarou.
Renata Maurício chamou atenção para a Agenda 2030, plano de ação da ONU que inclui ações de preservação da natureza. “Proteger os ecossistemas marinhos é um dos objetivos da Agenda 2030. Preservar e cuidar é essencial tanto por questões ambientais como também econômicas”, afirmou.
A aula para os alunos do IESC aconteceu na noite de segunda (21) e a interação entre as advogadas e os acadêmicos foi tão boa que nem mesmo uma queda de energia conseguiu atrapalhar o debate, que continou mesmo com luzes de lanternas.
Para o presidente da OAB/Arapiraca, Hector Martins, a Subseção está aberta para contribuir com os futuros advogados. “Esse entrosamento entre os centros universitários e a OAB/Arapiraca é salutar porque nós podemos apresentar aos acadêmicos o Direito na prática cotidiana, ajudando a vislumbrar como eles irão atuar, na prática, quando se tornarem advogados. Por isso, sempre que possível, a OAB se fará presente no meio acadêmico. E, neste momento, parabenizo a faculdade pelo convite e sobretudo a Comissão de Meio Ambiente, que se prontificou e não mediu esforços para se entrosar com a comunidade acadêmica”, falou.