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Palmeira já teve o ‘primeiro round’ na disputa pela chefia da prefeitura

29/08/2019
Palmeira já teve o ‘primeiro round’ na disputa pela chefia da prefeitura

Soou o gongo do primeiro assalto na luta pela prefeitura de Palmeira dos Índios. De um lado do corner, defendendo a faixa com unhas e dentes – o prefeito Júlio Cezar; do outro, a deputada Ângela Garrote, em plena ascensão política após a vitória de outubro último para a Assembleia Legislativa. Correndo por fora, mas ainda sem muitos apostadores a ex-primeira dama Mosabelle Ribeiro.

Mesmo faltando mais de um ano para que se toque o sino indicando o final da luta, o torneio palmeirense para a eleição de 2020 parece que já tem definido os principais contendores e tudo por iniciativa e escolha do próprio prefeito Júlio Cezar.

Talvez por ter recebido uma má orientação e influência de parte de seu grupo político ou até mesmo por medo eleitoral, o prefeito palmeirense iniciou uma briga sem necessidade com a hoje deputada estadual Ângela Garrote e está agora prestes a enfrentá-la nas urnas em 2020 – mesmo que a parlamentar ainda não tenha se pronunciado oficialmente que irá disputar o pleito vindouro.

Aliados até a eleição passada, Ângela Garrote foi cabo eleitoral de Júlio Cezar em 2016 e vice versa em 2018, embora existam relatos de que o prefeito palmeirense pulverizou seu apoio político a diversos candidatos.

Desde o início do ano, já de lado opostos, cada um fazia seu trabalho – no entanto, sem se confrontarem tão ferrenhamente, até chegar à data de Emancipação Política de Palmeira dos Índios, onde num rompante, o prefeito Júlio Cezar teria excluído o “palanque” da deputada do circuito do desfile cívico, um dos pontos altos da festa maior do município palmeirense.

Ocorre que o “desfile de 20 de Agosto” é um termômetro político-eleitoral, onde grande parte da população se encontra com seus representantes em ato festivo.

Desfile se tornou vitrine política

Desde o ano 2000, na gestão de Maria José de Carvalho, a Mazé – quando o então deputado Albérico Cordeiro lançou a moda de “desfilar” entre os estudantes para cumprimentar o povo, sendo na oportunidade ovacionado pela população, todo político quer fazer o mesmo, nem sempre obtendo o sucesso do então parlamentar federal que foi vitorioso por duas vezes na disputa pela prefeitura.

Esse ano tudo indicava que Ângela Garrote em cima dos seus 10 mil votos para deputada-estadual poderia repetir o feito e assessores do prefeito trataram logo de “cortar o mal pela raiz”, excluindo a parlamentar e seu staff do desfile.

A atitude pegou mal, ganhou as redes sociais e no dia seguinte deputados estaduais na tribuna da ALE saíram em defesa de Ângela Garrote e no ataque a Júlio Cezar, que levou pancada de tudo que é jeito e qualidade, repercutida na imprensa, inclusive do presidente da Casa Marcelo Victor, irmão de Ronaldo Raimundo, secretário de Assistência Social de Palmeira dos Índios.

Ângela apinhou seu palanque com diversas personalidades e populares e comenta-se que o palanque oficial ficou um tanto quanto esvaziado, notando apenas a presença de secretários, dos líderes petistas Pedro Paulo e Sheila e do decano político Geraldo Ribeiro.

O que poderia ter sido considerado apenas um ato político da deputada sem ressonância político-eleitoral, após a exclusão de seu palanque – se tornou numa grande dor de cabeça para o prefeito palmeirense – que já foi diversas vezes aconselhado a trocar alguns assessores que o influenciaram nessa e em outras decisões absurdas, sob pena de ficar no meio da luta pela reeleição.

Sabe-se que após os jabs e cruzados deferidos neste primeiro assalto e pelo afunilamento dos grupos políticos, a contenda para 2020 (se a deputada Ângela Garrote topar o que ainda é uma incógnita) – a disputa do torneio pela prefeitura palmeirense ficará entre Júlio e Ângela.

À ex-primeira dama Mosabelle Ribeiro falta ainda o molejo político que o marido James Ribeiro detém de sobra. E talvez por isso, sua pré-candidatura não passe de um balão de ensaio, aquele pequeno que se solta antes da ascensão de um balão maior, para ver se é realizável.

Redes sociais

Outro termômetro da política local são as redes sociais, principalmente os grupos de whatsaap onde as cobranças  pelos  serviços públicos são mais constantes e repercutem de imediato tanto na população como naqueles que fazem o serviço público. Tais fato s podem ajudar na escolha dos candidatos na próxima eleição – tanto para o bem como para o mal. É preciso ficar alerta.