Geral

Banco do Brasil tem lucro líquido ajustado de R$ 4,432 bi no 2º trimestre

08/08/2019

O Banco do Brasil encerra nesta quinta-feira, 8, a temporada de resultados dos grandes bancos de capital aberto ao apresentar lucro líquido ajustado de R$ 4,432 bilhões no segundo trimestre, cifra 36,8% maior ante um ano, de R$ 3,240 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores o resultado foi 4,4% superior.

De janeiro a junho, o lucro líquido ajustado do BB alcançou R$ 8,679 bilhões, 38,5% maior em relação à primeira metade de 2018, quando o montante foi de R$ 6,266 bilhões.

“O resultado foi influenciado pelo crescimento do crédito para pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas e pela especialização do atendimento somado ao avanço da estratégia digital com impactos positivos no desempenho das rendas de tarifas, bem como no controle das despesas e na satisfação dos clientes”, explica o banco, em comunicado à imprensa.

A carteira de crédito ampliada do BB era de R$ 686,564 bilhões ao fim de junho, 0,2% superior em relação a março. Em um ano, os empréstimos se reduziram em 0,4%.

O destaque no segundo trimestre foram as operações às pessoas físicas, cujo saldo da carteira de crédito aumentou 2,1% no fim de junho ante março e 7,6% em um ano. Já os empréstimos para empresas encolheram 1,5% e 7,8%, respectivamente, o que fez o banco revisar suas projeções para crédito em 2019.

O BB fechou junho com R$ 1,541 trilhão em ativos totais, montante 6,3% maior em um ano. Na comparação com o fim de março cresceu 1,6%.

O patrimônio líquido do BB era de R$ 101,930 bilhões no segundo trimestre deste ano, 0,7% inferior em um ano. Na comparação trimestral diminuiu 3%.

A rentabilidade do BB no critério mercado (RSPL) foi a 17,6% no segundo trimestre contra 16,8% nos três meses anteriores e 13,2% um ano antes.

Itens extraordinários

Considerando eventos extraordinários, o lucro líquido do BB foi a R$ 4,207 bilhões no segundo trimestre, alta de 34,2% em um ano, quando era de R$ 3,135 bilhões. No comparativo trimestral cresceu 5,1%.

A diferença de R$ 225 milhões em relação ao lucro líquido ajustado no segundo trimestre se deu por conta de um impacto negativo de R$ 240 milhões por planos econômicos e, do lado positivo, R$ 691 milhões em provisões para demandas fiscais.

O Banco do Brasil comenta seus resultados do segundo trimestre em coletiva de imprensa, a partir das 10 horas, na sede da instituição, em São Paulo. Participam o presidente do banco, Rubem Novaes, e toda a diretoria executiva da instituição.

Índice da Basileia

O índice de Basileia do Banco do Brasil, que mede o quanto pode emprestar sem comprometer o seu capital, foi a 18,6% no segundo trimestre contra 19,3% no primeiro. Neste caso, quanto maior, melhor.

O índice de capital de nível 1, o de melhor qualidade, era de 13,41% no segundo trimestre, abaixo do visto no primeiro, de 14,0%. Há um ano, o indicador estava em 12,86%.

Já o índice de capital principal do BB, ou seja, aquele próprio dos acionistas, foi a 10,01% no segundo trimestre ante 10,53% no primeiro e 9,46% em um ano.

O BB informa, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que seu foco está na geração orgânica de capital, pelo crescimento do crédito em linhas com menor consumo de capital e mais atrativas sob o critério retorno versus risco. Reforça ainda que, seguindo a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos e Plano de Capital, para janeiro de 2022, sua meta é manter pelo menos 11% de Índice de Capital Principal.

Autor: Aline Bronzati
Copyright © 2019 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.