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Itec relembra sua história por intermédio de três gerações da mesma família

16/07/2019
Itec relembra sua história por intermédio de três gerações da mesma família

No dia 15 de julho, o Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec) completa 42 anos. Ao longo dessas quatro décadas, muita gente ajudou a construir a tecnologia da informação pública alagoana. A esses trabalhadores, agradecemos simbolicamente contando a história de três gerações de mulheres de uma mesma família, que trabalharam no hoje Itec e que guardam boas lembranças sobre a presença do Instituto na trajetória pessoa de cada uma.

Gilberta Rodas, de 90 anos, Zélia Chargel e Thalita Chargel fizeram parte do quadro de colaboradoras do órgão nas suas três fases, respectivamente: Centro de Processamento de Dados (CPD) ligado ao Serpro, Instituto de Processamento de Dados (IPD), ligado à Fundação do Instituto de Planejamento (Fiplan) e Itec.

Eu cheguei em 1978, logo quando começou o órgão e trabalhava no setor de contabilidade. Minha equipe era Benedita Araújo, Carlos Araújo e várias outras pessoas que não vou citar todas, pois posso esquecer alguém. O secretário de planejamento na época era o senhor Dilton Simões. Eu não me inteirava muito da parte de computação, pois ficava o tempo inteiro no financeiro, onde havia bastante serviço para se fazer” explica Gilberta, conhecida por Betinha.

Éramos muito unidos e tudo tinha que ser na ordem, sem erros. Foi muito bom o tempo que estive no Instituto, eu me sentia bem em trabalhar, vivíamos em harmonia, não havia confusão. Quando saí, o órgão já fazia parte da Fiplan” finaliza Betinha.

A história do Itec seguiu entrelaçada à da família de Betinha principalmente depois que sua filha, Zélia Chargel, chegou para trabalhar perto da mãe. Zélia também recebeu o carinhoso diminutivo, ficando conhecida por Zelinha.

Eu era do palácio do governo e eles precisaram de alguém para secretariar o novo presidente da Fiplan, que estava vindo de Brasília, Antônio Lício, um cara muito preparado, isso por volta de 1983. Minha mãe já trabalhava lá e na época eu era a ‘filha da Betinha’, depois minha filha Thalita foi trabalhar no hoje Itec e passou a ser a ‘filha da Zelinha’ e eu, quando passava por lá, era a ‘mãe da Thalita” brinca a ex-servidora.

Eu acompanhei algumas mudanças tecnológicas, lembro dos computadores enormes, numa sala imensa, gelada. Não havia computador pessoal em nossas mesas, chegaram bem depois, aqueles monitores que pareciam televisores antigos. Mas, ainda assim eram mudanças lentas, mal nós tínhamos máquina de escrever elétrica. Eu saí do serviço público ao aderir ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) de 1996, pois foi uma época difícil para o Estado, então fui cuidar dos meus dois filhos” concluiu Zelinha.

A jornalista Thalita Chargel chegou ao Instituto em 2007, de início sem lembrar que o local onde trabalharia seria o mesmo onde outras duas mulheres da sua família tinham iniciado a trajetória profissional.

Eu estava na faculdade ainda e uma amiga me falou de uma vaga na assessoria de comunicação. Quando cheguei para a entrevista, descobri que era o lugar onde minha mãe e avó haviam trabalhado e eu havia passado boa parte da minha primeira infância. Passei na entrevista e quando cheguei para trabalhar, as pessoas começaram a lembrar de mim como a filha da Zelinha, tinham lembrança de mim ainda criança”, recorda Thalita.

Foi um período muito legal e interessante, início das fábricas de sítio e de sistemas, de elaboração da Infovia, acompanhei o início de treinamento dos sites e do Expresso, de restruturação do data center do governo, do evento Alagoas Digital, foi muito bacana. O Itec é um lugar onde pude crescer muito, conhecer muita gente boa, foi muito legal” finaliza a jornalista.