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Presidente da Anacrim/AL repudia declarações de deputado sobre episódio envolvendo advogada

05/04/2019
Presidente da Anacrim/AL repudia declarações de deputado sobre episódio envolvendo advogada

Presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim) em Alagoas, Manoel Passos

O presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim) em Alagoas, Manoel Passos, gravou um vídeo, que também foi publicado nas redes sociais, em repúdio às declarações dadas pelo deputado estadual Cabo Bebeto, pelo Instagram, sobre um episódio envolvendo uma advogada e policiais militares. A advogada Fernanda Noronha denuncia que foi vítima de abordagem truculenta de PMs no momento em que recebia os honorários de um cliente.

Ela é vice-presidente da entidade no estado e foi até a Central de Flagrantes denunciar o que considerava ser abuso de autoridade praticado por uma guarnição do Regimento de Polícia Montada (RPMon – Cavalaria). Na gravação que fez nas redes sociais, Cabo Bebeto saiu em defesa dos militares e colocou em xeque a acusação feita pela advogada.

Manoel Passos classifica os argumentos apresentados pelo parlamentar com inverdades e pede que Cabo Bebeto assuma a postura de verdadeiro representante do povo, que o elegeu, e não de uma categoria.

“O advogado é indispensável na administração da Justiça, possui prerrogativas, de acordo com a Lei 8.906/94, e o senhor [deputado Cabo Bebeto] está sentado na cadeira da Assembleia Legislativa, representante do povo, não sendo, portanto, advogado da Polícia Militar. É, no entanto, advogado e representante da sociedade alagoana”, destaca.

O presidente da Anacrim disse que era necessário vir a público, como o deputado fez, para “repudiar veementemente as declarações inverídicas” que partiram do Cabo Bebeto sobre os fatos. “Deixe para os órgãos de controle, de fiscalização, de providências fazerem o seu papel”, pede.

A Anacrim informa que representou os policiais militares envolvidos na ocorrência no Conselho Estadual de Segurança (Conseg) e no Ministério Público, que, na avaliação do presidente da entidade, irão investigar o fato com absoluta isenção e procurar a responsabilidade dos fatos.