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Expectativa para IPCA de 2019 cai de 4,06% para 4,01%, revela Focus

22/04/2019

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2019. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 22, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano recuou de alta de 4,06% para 4,01%. Na semana passada, a estimativa havia subido de 3,90% para 4,06%. Já há um mês, estava em 3,89%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo nível.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,9% em 2019, 3,8% em 2020 e 3,9% em 2021. Elas constaram no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, há duas semanas, que o IPCA de março subiu 0,75%. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,58%.

No Focus desta segunda, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 foi de 3,81% para 3,90%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,01% e 4,00%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,63%, igual a quatro semanas antes.

Últimos 5 dias úteis

A projeção mediana para o IPCA 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 4,03% para 4,00%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 93 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,86%.

No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. A atualização no Focus foi feita por 85 instituições.

As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,9% em 2019, 3,8% em 2020 e 3,9% em 2021. Elas constaram no RTI de março.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano subiu de 5,10% para 5,17%. Para 2020, a mediana seguiu com alta de 4,35%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,95% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,30% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,1% em 2019 e 4,7% em 2020. Estes porcentuais foram atualizados no RTI de março.

IPCA de abril

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para a alta do IPCA em abril de 2019, de 0,45% para 0,55%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado estava em 0,39%.

Para maio, a projeção no Focus foi de 0,31% para 0,29% e, para junho, passou de 0,25% para 0,26%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,34% e 0,27%, respectivamente.

No Focus desta segunda, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,74% para 3,67% de uma semana para outra – há um mês, estava em 3,96%.

IGP-M

O Relatório de Mercado Focus mostrou ainda que a mediana das projeções do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de 2019 passou de alta de 5,32% para elevação de 5,57%. Há um mês, estava em 4,72%.

No caso de 2020, o IGP-M projetado seguiu indicando alta de 4,00%, igual ao visto quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Autor: Fabrício de Castro
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