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EUA põem fim a isenções que permitiam a 8 países comprar petróleo iraniano
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira, 22, que não renovarão as isenções para a compra de petróleo do Irã, em uma tentativa de pressionar a República Islâmica ao bloquear parcialmente o comércio de seu principal produto de exportação.
“O presidente Donald Trump decidiu não renovar as Isenções Significativas de Redução (SREs) quando elas expirarem no início de maio”, disse a Casa Branca em um comunicado. “Esta decisão tem como objetivo zerar as exportações de petróleo do Irã, negando ao regime sua principal fonte de renda.”
A decisão, tomada pelo presidente Donald Trump, elevou os preços do petróleo às máximas de 2019, embora a Casa Branca tenha dito que os EUA estão trabalhando com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos para garantir que o mercado de petróleo seja “abastecido adequadamente”.
Os preços do petróleo Brent trabalham em alta após tocarem mais cedo uma máxima de US$ 74,31 por barril, maior nível desde o início de novembro.
“A administração Trump e nossos aliados estão determinados a manter e ampliar a campanha de máxima pressão econômica contra o Irã para acabar com a atividade desestabilizadora do regime que ameaça os EUA e nosso sócios e aliados, assim como a segurança no Oriente Médio”, completou a Casa Branca.
Entre os oito países que Washington havia colocado na isenção de 180 dias – que acabará em 2 de maio – estão alguns dos maiores compradores do petróleo produzido pelo Irã: China, Turquia e Índia.
O governo de Narendra Modi, aliás, apesar de manter boas relações com Washington não concorda com a insistência dos EUA de que o Irã representa uma ameaça. Os demais países beneficiados pela isenção são Grécia, Itália, Japão, Coreia do Sul e Taiwan, mas todos já reduziram drasticamente a importação do petróleo iraniano.
Os Estados Unidos voltaram a impor sanções em novembro às exportações de petróleo iraniano depois que Trump retirou-se unilateralmente de um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis potências mundiais. Trump criticou frequentemente o acordo, alcançado pelo antecessor Barack Obama, como “o pior negócio de todos os tempos”. (Com agências internacionais)
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