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Dwyane Wade encerra carreira na NBA com ‘triple-double’ em derrota do Heat

11/04/2019

Quebrando tabus até o fim. Foi assim que Dwyane Wade encerrou a sua brilhante carreira de atleta profissional na noite desta quarta-feira: o armador teve uma grande partida e anotou um “triple-double”, algo pouco usual para ele, se despedindo das quadras em grande estilo.

O Miami Heat entrou no jogo diante do Brooklyn Nets, fora de casa, com uma mínima possibilidade de se classificar para a pós-temporada. Chance essa que foi embora em poucos instantes, com o domínio do time da casa nas ações ofensivas e uma defesa bem postada que deverá dar trabalho nos playoffs da Conferência Leste.

Restou, então, a Wade tentar ter um último brilho pessoal como jogador profissional. E ele conseguiu: atuando ao lado do grande amigo Udonis Haslem, com quem passou a maior parte da carreira na equipe da Flórida, ele chamou o jogo para si e realizou um feito que não alcançava desde fevereiro de 2011, conseguir dois dígitos em três fundamentos.

Aos 37 anos, o armador conseguiu o quinto “triple-double” da carreira: anotou 25 pontos, pegou 11 rebotes e deu dez assistências na derrota do Heat por 113 a 94 para os Nets. O revés em sua despedida da NBA e do basquete – que teve, ainda, passagens pela seleção dos Estados Unidos -, foi apenas um detalhe.

Com o resultado já definido muito antes do fim do jogo, o armador ainda teve a chance de ter a última posse de bola do Heat a poucos segundos do estouro do cronômetro. Visivelmente emocionado, ainda que fora de casa, ele devolveu a bola ao Nets e deixou a quadra substituído, ovacionado pelos fãs de Brooklyn.

Wade quebrou o maior tabu do Heat. Superou de longe grandes nomes da história da franquia como Alonzo Mourning, Steve Smith, Tim Hardaway, Glen Rice, Jamal Mashburn, o próprio amigo LeBron James e outros: conquistou, e sendo o principal jogador do elenco, o primeiro título da equipe na NBA em 2006 – na ocasião, um jovem armador de 24 anos dividia protagonismo com o já veterano Shaquille O’ Neal.

Teve, em 2011, a chance de vencer a liga mais uma vez. Esbarrou, no entanto, na equipe que havia vencido cinco anos antes, o Dallas Mavericks. E deixou, então, o basquete dos EUA mais justo ao “permitir” que o alemão Dirk Nowitzki, outro ídolo que se aposentou na noite desta quarta-feira, também tenha um anel de campeão. E venceu a liga mais duas vezes, em 2012 e 2013, desta vez ao lado de LeBron e Chris Bosh, um trio que marcou a história recente do basquete norte-americano.

Autor: Rodrigo Luiz, especial para a AE
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