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Covas veta motos na Marginal do Pinheiros e cria áreas com máxima de 30km/h

17/04/2019

O prefeito Bruno Covas lançou nesta quarta-feira, 17, um plano de segurança para reduzir o número de acidentes no trânsito de São Paulo, que prevê a redução de velocidades em algumas regiões da cidade e veta motos na pista expressa da Marginal do Pinheiros. A ação prevê a criação de “áreas calmas”, com velocidade máxima de 30km/h.

A redução vai na contramão da política de trânsito adota por seu antecessor, o governador João Doria que aumentou os limites de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros. Segundo Covas, a medida adotada em 2017 vai ser mantida. “Foi um compromisso combinado com a população. Não posso agora fazer algo diferente”, disse.

Entre as ações previstas para a marginais está a proibição da circulação de motos na pista expressa da Marginal do Pinheiros, no sentido Interlagos/Castelo Branco, como já ocorre na Marginal do Tietê. “As marginais são pistas expressas e assim devem ser tratadas. O principal fator de acidentes nessas vias são as motos, por isso, a ação adotada será esta”, disse Edson Caram, secretário de Mobilidade e Transportes.

A mudança deverá ocorrer até maio. A proibição às motos já ocorre nas pistas expressa e central da Marginal do Tietê, entre as 6h e 22h. O veto no sentido Interlagos da Marginal do Pinheiros ainda não é possível, pois há pontos em que não há divisão entre pista local e expressa. Segundo Caram, a CET estuda uma forma de fazer a separação.

As medidas estão no Plano de Segurança Viária 2019-2028 e prevê a alocação de R$ 35 milhões para as intervenções de segurança viária, com a criação de quatro “áreas calmas”- em Santana, São Miguel Paulista, Lapa e Centro – e “rotas escolares seguras”. As “áreas calmas”, além da redução de velocidade máxima, terão estreitamento de pistas, instalação de lombadas e faixas de pedestre elevadas, maior tempo de travessia para pedestre e alargamento de calçadas.

Segundo o prefeito, as ações pretendem reduzir o alto número de mortes na cidade. A meta da gestão é chegar a 2020 com o índice de mortes no trânsito a 6 a cada cem mil habitantes.

Autor: Isabela Palhares
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