Alagoas

Alagoas tem a maior cobertura do País no atendimento de saúde domiciliar

14/03/2019
Alagoas tem a maior cobertura do País no atendimento de saúde domiciliar

Alagoas é destaque nacional no atendimento de saúde domiciliar, com o maior percentual de população coberta pelo programa no Brasil. Os dados foram apresentados durante o II Encontro Estadual do Programa Melhor em Casa, evento promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), que aconteceu na terça (12) e quarta-feira (13).

Hoje, 28 municípios alagoanos atendem 64% dos usuários que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto a média brasileira é de 29%. O evento aconteceu no auditório da Universidade Tiradentes (Unit), localizada no bairro Cruz das Almas, em Maceió.

Representando o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, o secretário executivo de Ações de Saúde da Sesau, Paulo Teixeira, destacou a importância do Melhor em Casa aos alagoanos, visto que o programa tem atendido acamados e pessoas restritas ao leito, complementando os serviços oferecidos pela Atenção Básica, hospitais, portas de urgência e emergência, entre outros segmentos da rede de saúde.

“Temos levado os atendimentos a 28 municípios alagoanos e estamos percebendo a realidade dos pacientes de perto. Nosso trabalho é uma troca de confiança entre a equipe multiprofissional e os cuidadores, que estão com os acamados todos os dias. Oferecemos o máximo para que o paciente possa estar o melhor possível dentro da sua casa, perto do carinho da família”, afirmou Paulo Teixeira.

Atualmente, o serviço já está funcionando em São José da Laje, União dos Palmares, Colônia Leopoldina, Maragogi, Rio Largo, Maceió, Marechal, Satuba, Santa Luzia do Norte, Mar Vermelho, Capela, Viçosa, Atalaia, Campo Alegre, São Miguel dos Campos, Junqueiro, Teotônio Vilela, São Sebastião, Limoeiro de Anadia, Traipu, Arapiraca, Girau do Ponciano, Porto Real do Colégio, Santana do Ipanema, Pão de Açúcar, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Piranhas. Qualquer município com mais de 20 mil habitantes pode aderir ao programa. Já os que tiverem população menor, podem participar por meio de um consórcio, como ocorrer em Satuba, Santa Luzia do Norte, Mar Vermelho e Capela.

Estratégia

Em sua explanação, a coordenadora-geral do Serviço de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, Mariana Borges, enfatizou que a relação do Programa Melhor em Casa com a rede hospitalar é estratégica e fundamental para viabilizar a desospitalização, permitindo que o usuário internado continue o tratamento em casa, de forma abrangente e responsável, abreviando o tempo da internação.

“Uma reunião como essa é ótima para entendermos os pontos positivos e negativos do que tem acontecido em Alagoas, para conhecermos melhor a realidade local, potencializando cada vez mais essas iniciativas. Poucos estados têm a organização suficiente para conseguir fazer um encontro como esse, com uma quantidade gigante de pessoas. Então, a Sesau está de parabéns por vestir a camisa e, sobretudo, por apostar na Atenção Domiciliar”, afirmou.

Ela salientou que todo o usuário que estiver internado em hospital, com quadro clínico estabilizado, segundo avaliação, necessita mais ainda de determinados cuidados especiais que podem ser realizados no domicílio, por equipes da Atenção Básica ou do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

“Para ser atendido pelo Programa Melhor em Casa, o paciente precisa ter perfil crônico, que pode estar agudizado, mas que tenha estabilidade clínica. Ele tendo um perfil clínico bom, um cuidador bem treinado, uma equipe comprometida que esteja aberta para ser chamada na hora em que for necessário, além de uma rede envolta que funcione, a tendência da Atenção Domiciliar é aumentar, pois o atendimento tem trazido ótimos resultados, tanto para a família quanto para o paciente aqui em Alagoas”, garantiu.

Temas

Dentre os assuntos discutidos no II Encontro Estadual do Programa Melhor em Casa, recebeu ênfase a maneira como a Atenção Domiciliar está configurada como uma estratégia de progresso para o SUS; as peculiaridades e os dados da Atenção Domiciliar em Alagoas; e as experiências exitosas de implantação do programa no município de Teotônio Vilela.

Também foram realizadas rodas de conversa de forma a descrever, sucintamente, a composição e os horários das equipes, o funcionamento do transporte, a relação com a regulação e a intersetorial, o provimento de recursos, os materiais, os equipamentos, os medicamentos, o uso de indicadores, monitoramento e avaliação, bem como os avanços e dificuldades.

Ainda foram discutidos os perfis clínicos prevalentes referentes às patologias, faixas etárias atendidas e média de permanência, os principais desafios à reabilitação e, também, como lidar com o óbito em domicílio.

Além do secretário executivo de Ações de Saúde da Sesau, Paulo Teixeira, e da coordenadora-geral do Serviço de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, Mariana Borges, participaram da solenidade o superintendente de Atenção à Saúde da Sesau, José Medeiros; a secretária executiva do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), Silvana Medeiros; a coordenadora da Rede de Urgência e Emergência do Estado de Alagoas, Rosana Cardoso Veras; e a gerente de Assistência Hospitalar da Sesau, Eliza Barboza.