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Nadal aplica ‘pneu’ em grego, algoz de Federer, e avança à final na Austrália
Quem achou que, por ter derrotado o suíço Roger Federer nas oitavas de final, o grego Stefanos Tsitsipas poderia surpreender novamente no Aberto da Austrália contra Rafael Nadal, pelas semifinais, se enganou redondamente. Com direito a “pneu”, o espanhol arrasou o rival, 15.º do ranking da ATP, por 3 sets a 0 – com parciais de 6/2, 6/4 e 6/0, em 1 hora e 46 minutos – e avançou para a grande decisão.
Número 2 do mundo, Nadal verá de camarote nesta sexta-feira quem será o seu adversário neste domingo. O sérvio Novak Djokovic, atual líder do ranking – que não perderá mais esse posto qualquer que seja sua campanha em Melbourne -, terá pela frente o embalado francês Lucas Pouille, 31.º colocado, que é treinado pela ex-tenista Amelie Mauresmo.
Em seis jogos neste Aberto da Austrália, Nadal ainda não perdeu nenhum set e teve o saque quebrado apenas duas vezes. “Descansado”, o espanhol só ficou em quadra pouco mais de 12 horas. Dos 17 títulos de Grand Slam em sua carreira, somente três foram conquistados com sete vitórias por 3 a 0 – todos em Roland Garros, seu Major favorito, em 2008, 2010 e 2017. Caso vença a final com este placar, irá superar o sueco Bjorn Borg e se tornar o único com quatro troféus de Slam sem perder sets.
Outro feito histórico que Nadal pode alcançar é a de se tornar o primeiro homem na Era Aberta e o terceiro em toda a história do tênis a ter dois ou mais títulos em cada um dos quatro Grand Slam. Apenas as lendas australianas Roy Emerson e Rod Laver conseguiram tal façanha. Esta será a sua 25.ª decisão de Major na carreira, a quinta em Melbourne – foi campeão apenas em 2009.
Na campanha deste ano, Tsitsipas foi o terceiro tenista da nova geração que Nadal não deu qualquer chance e venceu com facilidade. Os outros foram o australiano Alex de Minaur (19 anos), na terceira rodada, e o norte-americano Frances Tiafoe (21), nas quartas de final. “Eles não precisam de qualquer mensagem. Eles são bons. Estão evoluindo a cada mês. Então é sempre um grande desafio jogar contra eles”, disse o espanhol.
Já Tsitsipas terá a melhor marca na carreira profissional. Primeiro tenista grego a chegar tão longe em um Grand Slam e mais jovem semifinalista no torneio desde 2008, o jogador de 20 anos deverá subir do 15.º para o 12.º lugar. Mas se mostrou muito decepcionado e resignado com a atuação contra Nadal. “Ele não te dá chance alguma de entrar no ritmo. Tem esse talento que outros não têm. Nunca vi isso. Ele te faz jogar mal”, afirmou.
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