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Dirigente do Fed não vê pressão inflacionária que justifique subir juro nos EUA
O presidente da distrital de Minneapolis do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Neel Kashkari, afirmou nesta terça-feira que, ao analisar a participação da força de trabalho, o crescimento dos salários e a inflação no país, não vê atualmente evidências que justifiquem subir a taxa básica de juros. Ele, contudo, não tem direito a voto nas decisões de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) este ano.
Em linha com todos os discursos de dirigentes do BC americano desde a reunião do Fomc em dezembro, Kashkari ressaltou que se haverá duas altas dos juros, menos ou mais que isso dependerá dos dados econômicos vindouros. Mas ponderou que, mesmo se o crescimento dos salários acelerar no futuro próximo, não necessariamente haverá uma disparada da inflação.
Respondendo a perguntas na Câmara de Comércio de Rochester, no Estado de Minnesota, Kashkari disse não estar vendo sinais de uma grande repatriação de capitais que resultasse em um boom de investimentos na economia real americana, e, por conseguinte, pontuou que não há uma grande aceleração do crescimento da produtividade no país.
Por fim, abordando um tema que está no cerne do impasse orçamentário entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e os líderes do Partido Democrata no Congresso que resultou na atual paralisação de parte da máquina pública federal no país, Kashkari classificou a imigração como uma “imensa vantagem competitiva” da economia americana em relação ao resto do mundo. Ele defendeu um sistema de imigração que impulsione o mercado de trabalho.
Autor: Nicholas Shores
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