Política

Coações, interferências e usurpações, diz Renan sobre maior dificuldade do Judiciário no País

13/12/2018
Coações, interferências e usurpações, diz Renan sobre maior dificuldade do Judiciário no País

Renan diz em publicação que instâncias inferiores e MPF coagem ministros de tribunais superiores

O senador Renan Calheiros (MDB/AL) em nova publicação feita através de suas redes sociais nesta quinta-feira, 13, apontou o que ele considerada como ‘maior dificuldade do Judiciário no Brasil’. Segundo Renan, o problema decorre por conta de que setores da primeira, da segunda instância e do Ministério Público Federal (MPF) coagem ministros e usurpam competências dos tribunais superiores. Abaixo a publicação feita por Renan em suas redes sociais.

“Perguntam-me por que entendo que a maior dificuldade do Judiciário no Brasil é que setores da primeira, da segunda instância e do Ministério Público Federal coagem ministros e usurpam competências dos Tribunais Superiores. Respondo: aprovamos no Senado o fim das aposentadorias como prêmio para juízes e promotores que cometem malfeitos; o fim dos supersalários; o abuso de autoridade; a nova lei de licitaçõea. Mas, eles não deixam que nada disso ande na Câmara. Também coagem os deputados.

O próprio CNJ, que criamos para fazer o controle do Poder, enfrenta dificuldades para fazer sua parte. Agora, me anima o fato de termos na Corregedoria Nacional de Justiça um jovem ministro do STJ, Humberto Eustáquio Martins que, se quiser, tem força para puxar a casaca dessa gente. Veja como essa judicialização continua: o senador gaúcho Lasier Martins – por sugestão do senador cearense Tasso Jereissati – entra com pedido no STF para impor voto aberto na eleição de presidentes da Câmara e do Senado.

Em português claro, é um parlamentar espancando a Constituição ao pedir a intervenção de um Poder no seu próprio Poder para constranger seus colegas. É assim que a roda gira. O relator do pedido de Lasier será o ministro Marco Aurélio Mello. E a independência, a separação e a harmonia dos Poderes, desenhadas por Montesquieu, aguardam com apreensão sua decisão”.