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Gestão de Teófilo apaga o brilho dos 94 anos de Arapiraca

30/10/2018
Gestão de Teófilo apaga o brilho dos 94 anos de Arapiraca

Hoje, dia 30 de outubro, Arapiraca completa 94 anos de emancipação política. Apesar de ser uma data festiva, este ano o arapiraquense não terá quase nada a comemorar. Além da programação cívica, a atual gestão não irá inaugurar, sequer, uma obra na cidade.

Prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo (Foto: circuito alagoas)

O prefeito Rogério Teófilo (PSDB) que possui uma rejeição de quase 90%, coleciona uma sequência de erros primários, tanto de caráter político, como administrativo, que tornaram sua gestão praticamente inviável em menos de dois anos de mandato.

A maior cidade do interior do Estado subsiste com a economia estagnada, enquanto a população parece ter perdido a autoestima. Serviços básicos como a saúde, educação, transporte coletivo e iluminação pública não vêm atendendo as necessidades da população.

Outro problema sério é com a limpeza pública. Nos últimos dois meses funcionários da empresa terceirizada fizeram greve, visto que ultimamente a Prefeitura vem efetuando os pagamentos com atraso. Assim ocorreu às vésperas da última eleição, quando os candidatos do prefeito passaram pelo constrangimento de realizarem caminhadas em meio ao lixo acumulado nas ruas e ainda ouvirem as vaias direcionadas ao gestor.

Apenas um vereador na oposição 

Dezesseis dos dezessete vereadores estão “fechados” com o prefeito, com exceção do vereador Rogério Nezinho, irmão do deputado estadual reeleito, Ricardo Nezinho. A própria presidente da Casa, a professora Graça Lisboa, não tem se posicionado com os desmandes da atual gestão, principalmente com a Educação, área que tanto defende em seus discursos. Servidores da área estão sem receber salários há dois meses.

Rege a legislação, que cabe ao vereador elaborar as leis municipais e fiscalizar a atuação do Executivo. Em Arapiraca essa segunda atribuição parece não ter saído do papel. Alvo de várias denúncias sobre improbidade administrativa e desvio de recursos públicos, a atual gestão não vem sendo incomodada pela Câmara de Vereadores, que segue silenciosa e omissa.

Obras abandonadas e orçadas em quase R$ 10 milhões

O Ministério Público do Estado de Alagoas já está de olho nas várias obras abandonadas pela Prefeitura, que somam recursos na ordem de R$ 10 milhões, que foram creditados na conta do município, porém algumas obras sequer foram iniciadas.

Uma delas foi o Centro de Iniciação ao Esporte (CEI), obra iniciada em 2 de junho de 2017. O empreendimento, orçado em R$3,1 milhões, é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Arapiraca e o Ministério dos Esportes. A obra, que beneficiaria crianças e jovens da Vila Bananeira, estava prevista para ser entregue no dia 16 de junho deste ano.

Outra importante obra abandonada é a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), orçada em R$ 3.276.632,58, que já deveria estar em pleno funcionamento. A obra, iniciada em 2 de junho do ano passado, foi reiniciada a passos lentos no início deste mês, com poucos trabalhadores e pouca evolução estrutural.

Até mesmo as obras de custo mais baixo também foram abandonadas pela atual gestão. A Garagem Municipal, por exemplo, foram investidos R$ 424.003,87 e beneficiaria produtores rurais do povoado Pau d’Arco. O galpão do tipo garagem, seria destinado a guarda e manutenção das máquinas e equipamentos agrícolas do município. A obra sequer foi iniciada.

A última bola fora do prefeito foi o anúncio da pavimentação do acesso ao Morro da Massaranduba, uma obra orçada em R$ 1,5 milhão que contemplaria, aproximadamente, 3 quilômetros. No mês de julho a comitiva do prefeito foi recebida num canteiro de obras com caminhões, tratores e homens, que trabalhavam a todo o vapor. Estranhamente no dia seguinte não havia, sequer, uma máquina no local.

A população da segunda maior cidade do Estado segue preocupada com a estagnação de Arapiraca, que até bem pouco tempo era uma das cidades mais pujantes do Nordeste Brasileiro.