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Autoridades russas buscam possível cúmplice de ataque na Crimeia
Autoridades russas estão procurando um possível cúmplice do ataque a uma escola que deixou pelo menos 20 mortos e mais de 50 feridos na Península da Crimeia na quarta-feira,17. A suspeita é de que o estudante apontado como autor dos disparos tenha contado com a ajuda de outra pessoa para planejar o crime.
O atirador, identificado como Vyacheslav Roslyakov, de 18 anos, chegou ao colégio com um fuzil, entrou de sala em sala disparando e cometeu suicídio em seguida. Até então, ele era o único suspeito do crime, mas, nesta quinta-feira, 18, o líder regional Sergei Aksyonov falou à imprensa russa sobre a possibilidade de que haja um segundo envolvido por trás do atentado.
“O objetivo é descobrir quem o estava treinando para esse crime”, afirma Aksyonov. De acordo com o líder na Crimeia, o estudante agiu por conta própria na escola, mas, na opinião dele e de outras autoridades, “não pode ter preparado esse crime sozinho”.
Esse foi considerado o ataque mais mortífero realizado por um estudante na Rússia. O caso foi definido pelo presidente Vladimir Putin como um “resultado da globalização”. Ele comparou o ataque em Kerch com os atentados em escolas dos Estados Unidos e disse também que o fato de adolescentes pegarem armas de fogo e saírem atirando representa uma falha dos adultos em oferecer alternativas à violência.
“Pessoas jovens com estado de fragilidade mental estão criando falsos heróis para eles mesmos”, disse. Para o presidente, isso demonstra que “todos nós, não só na Rússia, mas no mundo inteiro, estamos reagindo mal às rápidas mudanças na realidade”.
A avó do suspeito, Taisiya Roslyakova, afirmou ao jornal Komsomolskaya Pravda que seu neto não tinha muitos amigos, passava todo tempo livre isolado, jogando no computador, mas, por outro lado, sempre ajudava nas tarefas domésticas.
Dezenas de vítimas do atentado ainda estão internadas em Kerch. Pelo menos outras dez, que tiveram ferimentos mais graves, foram transferidas para realização de cirurgias, segundo informações da ministra da Saúde Veronika Skvortsova. (AP)
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