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Impacto da greve dos caminhoneiros na economia repercute na confiança do empresário do Comércio

02/07/2018
Impacto da greve dos caminhoneiros na economia repercute na confiança do empresário do Comércio

Os reflexos da greve dos caminhoneiros impactaram na confiança dos empresários, segundo a pesquisa sobre o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Maceió realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com o Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento de Alagoas (Instituto Fecomércio AL).
De acordo com o levantamento, a confiança do empresário maceioense em relação à economia brasileira ficou abalada. Se em maio já houve queda no indicador, a expectativa de vendas para o Dia dos Namorados não foi suficiente para elevar a disposição do empresariado. Assim, em junho o indicador apresentou o terceiro mês de queda consecutiva, registrando uma queda real de 1,48% na confiança do empresário. Porém, quando se compara ao mesmo período do ano passado, o indicador é 13% superior.

Na avaliação do assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, a greve dos caminhoneiros paralisou a economia. “As projeções do início do ano apontavam crescimento de 2,6% da economia nacional mas, revisando essas projeções no período pós-greve, o Banco Central  conjectura crescimento de 1,6%, podendo ser um pouco menor ou maior, diante da margem de erro”, explica. Para o setor de Serviços (Comércio e Serviços), a projeção de 2,4% caiu para 1,4%. “Isto impacta diretamente na sensação do empresário sobre o consumo da população”, complementa.
Dos três sub indicadores que compõem a formação do indicador base do ICEC, o indicador de condições atuais do empresário do Comércio sinaliza que houve queda de 2,4% em relação a maio, refletindo o aumento na descrença do empresário sobre a recuperação da atividade econômica e repercutindo nas atividades comerciais.

Em relação à melhoria da atividade econômica até o final do ano, o indicador de expectativa do Empresário do Comércio apontou queda de 4,14%. “Há descrédito total sobre a recuperação da atividade econômica brasileira e de melhora das atividades de comércio local”, avalia Felippe, acrescentando que mesmo desacreditando na recuperação econômica, o empresário da capital alagoana faz seu papel, o que pode ser percebido por meio do índice de investimentos do empresário do Comércio, que apontou crescimento de 2,32% entre maio e junho. Desses indicativos, o de contratação de novos funcionários apresentou alta de 7%.