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Presidente do Santos admite ‘gostinho’ por negar Barça e vender Rodrygo ao Real

15/06/2018
Presidente do Santos admite ‘gostinho’ por negar Barça e vender Rodrygo ao Real

A relação entre Santos e Barcelona definitivamente ficou desgastada após a conturbada venda de Neymar ao clube catalão. Tanto que o episódio foi lembrado anos mais tarde e serviu como combustível para o time brasileiro negociar sua principal joia com o rival da equipe espanhola. Rodrygo teve a ida para o Real Madrid confirmada nesta sexta-feira.

“Nós não poderíamos perder a negociação. E tivemos o gostinho de não fechar com o Barcelona, que tem pendências para resolver com a gente”, declarou o presidente do Santos, José Carlos Peres, em entrevista coletiva concedida nesta sexta, em São Paulo.

Antes de acertar o jovem de 17 com o Real Madrid, o Santos abriu conversas com o Barcelona, também interessado na contratação do garoto. A diretoria brasileira, porém, não parecia muito satisfeita em negociar com o clube catalão, fruto de todo o imbróglio envolvendo a ida de Neymar para lá em 2013. Por isso, quando apareceu a proposta madrilenha, firmou a venda sem pensar duas vezes.

“É a maior transação do futebol das Américas. Na América inteira não teve uma transação deste porte, como a do Rodrygo para o Real Madrid. Aguardamos uns dias porque dependia de algumas cláusulas e acordos para se chegar ao número que o clube pretendia, o que aconteceu. Isso ressalta aos olhos. A base trabalha direito, o Santos revela os melhores jogadores”, afirmou Peres.

Pelo acordo firmado, o Real pagará 45 milhões de euros (cerca de R$ 193 milhões), sendo que o clube paulista ficará com 40 milhões de euros (aproximadamente R$ 172 milhões) deste montante. Rodrygo assinou contrato até 2025 com o time espanhol, mas permanecerá no Santos até o meio do ano que vem.

Peres explicou que a venda do atacante para o Real foi fechada rapidamente. A negociação foi iniciada quando ele viajou com a seleção brasileira para Liverpool, onde a equipe de Tite iniciou a preparação para a Copa do Mundo.

“Essa transação se iniciou em Liverpool. Até então, tínhamos recebido propostas dos cinco maiores clubes da Europa, rechaçamos todas por não atenderem ao mínimo pretendido. De repente, me telefonam em Liverpool e disseram para falar comigo urgente. Fomos em uma cafeteria próxima da concentração da delegação brasileira e ali conversamos sobre os números. Foi rápido”, comentou.

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